Caso Suzane Von Richthofen

Além de Suzane von Richthofen, Cristian Cravinhos também teve relacionamento homoafetivo dentro da cadeia, diz livro

Cristian Cravinhos foi condenado por, ao lado do irmão, Daniel, matar a pauladas os pais de Suzane von Richthofen

Gabriel dos Santos
Gabriel dos Santos
Publicado em 01/10/2021 às 10:51 | Atualizado em 30/03/2023 às 10:12
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FOTO: Reprodução/ Internet

Que Suzane von Richthofen se relacionou com outra mulher na prisão, isso não é segredo para ninguém. Agora, o que pouca gente sabe é que Cristian Cravinhos, ex-cunhado de Suzane e executor dos pais dela, também teve um relacionamento homoafetivo dentro da cadeia. A revelação foi feita pelo jornalista Ullisses Campbell, no livro "Suzane - Assassina e Manipuladora", lançado no ano passado.

Segundo a investigação, Cristian, que sempre cultivou um estilo "bad boy", chegou a pedir ao namorado uma lingerie preta para vestir e era chamado pelo amado pelo apelido de "pavão". Segundo o livro, Cristian se envolveu com um rapaz chamado "Duda".

Confira trecho do livro que fala sobre o relacionamento gay de Cristian. O trecho foi publicado em primeira mão pelo portal UOL:

"(Na cadeia) Cristian criou coragem e fez um carinho com a ponta dos dedos no rosto de Duda. Ele reagiu ao afeto virando-se de frente. Cristian então deu um beijo no colega. Os dois aproveitaram os efeitos do álcool e transaram. (...). (Eles) engataram um romance e passaram a dormir praticamente todos os dias na mesma cama. Apaixonado, escrevia cartas ao amado em papel cor-de-rosa, desenhado com corações e flores. Cristian chamava o companheiro de Lua e dele recebia o apelido de Pavão, em referência à vaidade exacerbada. (...) Por um momento, a relação esfriou. O Pavão sentia falta de uma figura feminina. Sugeriu ao namorado que providenciasse uma calcinha para apimentar o sexo. Duda recorreu à mãe durante uma visita. No pátio, ordenou:

— Tire a sua calcinha!

— O quê?, espantou-se Rosa.

— Anda, tira logo!

Mesmo sendo evangélica da Assembleia de Deus, Rosa obedeceu e retirou a peça íntima. Ao ver a calçola da mãe nada sensual, ele a devolveu e pediu uma lingerie sexy para o próximo domingo de visitas. A mãe de Duda passou em uma loja e pagou 29 reais por uma calcinha preta, cavada e com renda e vestiu a peça. No domingo, tirou a calcinha e a deu para o filho. À noite, Duda caprichou no perfume e vestiu a calcinha. Quando viu Duda, Cristian tomou um susto:

— Quem disse que a calcinha era pra você?

— Oi? Como assim

— Tira!, ordenou Cristian.

Para surpresa de Duda, o seu Pavão vestiu a roupa feminina e desfilou com ela. (...) Os dois fizeram amor até o sinal apitar de manhã avisando a hora de acordar para o trabalho."

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Relacionamento na prisão

"Existe um fenômeno no universo penitenciário que se chama institucionalização do preso. Ele está há tanto tempo encarcerado, que começa a desenvolver hábitos com as regras daquele ambiente. Uma delas diz respeito às relações homoafetivas. Elas acabam se naturalizando ali dentro. E foi isso que aconteceu com o Cristian. Ele me disse que seu maior medo era que a filha descobrisse seu relacionamento com a Duda. Ele sempre a chamou no feminino.", disse o jornalista, autor do livro ao portal UOL.

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"Quando ganhou o regime aberto, em 2017, foi procurado tanto por Duda quanto pela mulher com quem ele se relacionava. Ele não ficou com nenhum deles e ficou com outras mulheres. Meses depois, se envolveu em outra questão policial, tentou subornar oficiais e foi preso novamente. Levou mais quatro anos de prisão. Ele tem um comportamento mais intempestivo que Daniel. Antes do caso Suzane, já havia quase matado, com uma pistola, uma namorada que estava grávida. Cristian a encontrou na cama com um amigo dele. Começou a chorar e desistiu de atirar. Ele exigiu que ela abortasse. A menina negou-se e fugiu para outro Estado, com medo", concluiu o jornalista.