O Natal é celebrado por milhares de pessoas ao redor do mundo. Religiosa, a festividade tem uma série de símbolos e significados. Hoje, a Rádio Jornal resolveu trazer um pouco sobre a história da celebração de Natal, do Papai Noel e de seus principais símbolos. Confira!
O surgimento do Natal é difícil de precisar pela falta de documentos que façam essa comprovação. No entanto, historiadores e arqueólogos apontam um caminho sobre as origens históricas da comemoração natalina.
Atualmente, a hipótese que é mais aceita é que a celebração natalina tenha originado de festas pagãs realizadas no período de dezembro, ainda no Império Romano, que tinham relação direta com o solstício de inverno, um fenômeno astronômico que marca o início do inverno.
Era um costume realizar grandes festividades para pedir fertilidade e celebrar o “renascimento” do sol, já que o inverno é marcado por dias mais curtos e noites mais longas.
Podemos destacar as comemorações do Dies Natalis Solis Invicti, que eram realizadas em homenagem ao Sol Invicto, o deus sol do Império Romano, e aconteciam no dia 25 de dezembro.
A festividade evoluiu com o tempo e passou homenagear Mitra, um deus da luz originário da mitologia persa que se introduziu na mitologia romana. A comemoração celebrava o suposto nascimento dessa divindade.
O Natal, como nós conhecemos hoje, também foi influenciado pela festa conhecida como Yule ou Jól, que era realizada por povos nórdicos entre o dia 21 de dezembro e meados de janeiro. Dela, foram herdados elementos como a árvore de Natal.
A comemoração do Natal enquanto festa cristã surgiu em algum momento entre o século II d.C. e IV d.C. A teoria mais aceita é a de que a celebração foi estipulada nessa data como um mecanismo para garantir mais fiéis ao cristianismo. Além disso, a escolha da data ocorreu porque os cristãos não sabiam exatamente a data do nascimento de Cristo.
Isso é comprovado pelo fato de haver uma evidência de 200 d.C. em que Clemente de Alexandria debatia a respeito do dia do nascimento de Cristo. Nos escritos de Clemente de Alexandria, fazia-se menção a diversas datas debatidas como a data em que Cristo havia nascido e nenhuma das citadas era 25 de dezembro.
O interesse pela data do nascimento de Cristo só ganhou força no “mundo romano” por volta do final do século II d.C. A primeira menção a 25 de dezembro como data do nascimento de Cristo ocorreu em 354 d.C. com a publicação do Cronógrafo de 354, um calendário ilustrado produzido pelo calígrafo Fúrio Filócalo.
Essa menção ao nascimento de Cristo em 25 de dezembro por Fúrio Filócalo muito provavelmente foi influenciada por uma decisão de Júlio I, papa da Igreja Católica entre 337 d.C. E 352 d.C. Segundo alguns historiadores, foi durante o pontificado de Júlio I que foi oficializado o dia 25 de dezembro como celebração do Natal, o nascimento de Cristo.
Por ser o evento mais importante da bíblia cristã, o nascimento do menino Jesus é narrado em mais de um livro do escrito. De maneira mais direta, os escritos de Lucas e Mateus falam do nascimento do Cristo.
O Papai Noel é um pastiche de tradições de diferentes épocas e origens.
Tudo começa na determinação da data no Natal. 25 de dezembro foi escolhido pelo Império Romano séculos após a morte de Jesus por corresponder à data do solstício de inverno no hemisfério norte. Neste dia, já havia uma festa em homenagem ao Deus zoroastra Mitra, representante do Sol.
Comemora-se a noite mais longa do ano pois, dali em diante, a estrela passará cada vez mais tempo no céu. Esse ponto de inflexão representa esperança para povos que não tinham acesso a aquecedores ou comida enlatada no inverno.
Papai Noel, por sua vez, era Nicolau, bispo de Mira, cidade turca. Viveu no século 3. Um dos milagres atribuídos a ele foi o de trazer de volta à vida crianças que haviam sido mortas por um açougueiro para virar presunto durante uma crise de fome. Parece um medo bobo, mas era um risco real na época.
Outra lenda é que São Nicolau retirou a carga de cereais de um navio para alimentar o povo da cidade – depois, fez com que novos cereais aparecessem no porão da embarcação, evitando que os marujos fossem punidos por doar a carga.
Isso o tornou adorado pelos marinheiros. Principalmente os da cidade costeira de Amsterdã, na Holanda. Onde ele se chamava Sinter Nikolass. Que depois foi abreviado para Sinterklass. Que em Nova York (cidade fundada pelos holandeses como Nova Amsterdã) se tornaria Santa Claus.
A versão atual do Papai Noel, de bochechas vermelhas, jeitão de elfo, trenó e entradas furtivas pela chaminé, está em um poema escrito pelo professor de teologia americano Clement Clark Moore para os filhos em 1822. Ele tinha vergonha da composição, mas ela viralizou nos jornais da época.
Nessa altura, mitos como os elfos ajudantes (que vêm de tradições nórdicas pagãs) já haviam sido incorporados ao Papai Noel em si. Bem como as renas, que foram popularizadas graças a um desfile da loja de departamentos Macy’s. A ideia foi de um empresário que queria vender carne de rena e precisava popularizar o animal no imaginário americano.
Outra adição recente ao mito é Rodolfo, a rena do nariz vermelho. Ele era personagem de um poema de Natal distribuído pela loja Montgomery Ward em Chicago na década de 1930. Ele era uma espécie de patinho feio, com uma característica diferente das demais renas. Hoje, Rodolfo lidera o comboio. Vá ao shopping mais próximo e verifique: o primeiro animal da fila sempre tem o nasal sensual aceso.
Registrada pela primeira vez em documentos históricos no século XVI, a árvore de Natal se tornou tradição no século XVII com Martinho Lutero, na Alemanha. O símbolo se tornou global no século XIX.
Antes mesmo da criação do Natal, as árvores enfeitadas já eram usadas para simbolizar a chegada do inverno. A espécie utilizada era o pinheiro por sua características de manter as folhas verdes mesmo no frio.
Muito utilizados nas decorações natalinas, os anjos representam a figura do arcanjo Gabriel, personagem importante para a crença cristã. Segundo a tradição, o anjo foi responsável pelo anúncio da chegada do menino Jesus. O símbolo representa o mensageiro da alegria.
Com origem no idioma latino, o termo Natal se refere à palavra “natalis”, que significa nascer.
Segundo a tradição católica, a data ideal de se desmontar a árvore é no dia 6 de janeiro. Na data celebra-se o Dia de Reis - celebração que comemora o ato de presentear o filho de Deus, feito pelos reis magos.
Assim como o desmonte das decorações da árvore de Natal, a data também representa o encerramento das celebrações natalinas.
*com informações do Brasil Escola, TodaMatéria e Superinteressante
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