atualizada às 6h46 de 10 de janeiro
Dez pessoas morreram, mais de 30 ficaram feridas e três continuavam desaparecidas neste sábado após a queda de um paredão sobre lanchas de turismo no Lago de Furnas, em Capitólio, Minas Gerais, informou o porta-voz dos bombeiros de Minas Gerais, Pedro Aihara, na noite deste sábado. (Confira o perfil das vítimas fatais, clicando aqui).
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A região é conhecida pelos passeios turísticos entre lagos, trilhas, cachoeiras e vales.
"A estimativa atual é de 20 pessoas desaparecidas", além de 32 feridos, havia indicado mais cedo em entrevista coletiva o coronel Edgard Estevo da Silva, comandante dos bombeiros de Minas.
Esse número se reduziu substancialmente porque boa parte das vítimas que não haviam sido contatadas eram pessoas que foram por conta própria para o hospital, explicou Aihara em mensagem de voz enviada a jornalistas.
Ao meio-dia deste sábado, um grande fragmento de rocha se desprendeu de um paredão e caiu em cima de quatro lanchas de turismo no Lago de Furnas, região turística do estado.
Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que o maciço se desprende e cai sobre as embarcações, ante o pânico de passageiros que presenciavam a cena de outras lanchas.
Os mortos e desaparecidos estavam na embarcação mais atingida pela rocha, disse Aihara. "Todas as pessoas que estavam nas outras três lanchas que temos registradas já foram resgatadas.
"O presidente Jair Bolsonaro compartilhou nas redes sociais algumas dessas imagens e ressaltou que, "tão logo aconteceu o lamentável desastre", a Marinha deslocou até o local uma equipe e "vem atuando no resgate de vítimas e transporte de feridos".
Previsão do tempo para Capítólio
Trinta e duas pessoas ficaram feridas e nove tiveram que ser internadas, segundo os bombeiros, que mobilizaram várias equipes de resgate, incluindo mergulhadores.
Estes últimos interromperam as buscas durante a noite por razão de segurança, mas outros socorristas continuavam trabalhando no local.
A forte chuva dos últimos dias na região Sudeste favoreceu o desprendimento, indicaram os bombeiros, enquanto a causa do acidente é investigada. A expectativa é de mais chuva para a região neste domingo (09).
A Defesa Civil recomendou que autoridades locais suspendam os passeios turísticos no local, "para evitar a exposição de pessoas a novos riscos", e pediu que os turistas evitem esse tipo de atividade em regiões afetadas por tempestades.
Histórias de salvamento em Capitólio
Irmã de um dos condutores de uma das lanchas que foi atingida na hora do acidente, Ana Lucia Costa, auxiliar de serviços gerais, conta que o irmão percebeu que as pedras estavam caindo.
"Ele conseguiu salvar as pessoas que estavam na lancha com ele, quando viu que as pedras estavam saindo. Mas infelizmente foi atingido com um pedaço de pedra da lancha e desmaiou.
O pessoal que estava com ele na lancha conseguiu prestar o socorro. Na lancha foi ele e uma criança que teve um ferimento no dedo.
Ele passou por uma tomografia e teve de fazer uma cirurgia na face, teve alguns cortes e graças a Deus está bem."
Um dos marinheiros e proprietário de lanchas que estavam no local, Leandro Ferreira de Andrade foi um dos primeiros a chegar ao local para tentar socorrer as vítimas do acidente.
"Uma das nossas lanchas e outra que faz parte da nossa área de embarque ligaram pedindo socorro, que havia caído pedras em algumas lanchas e pessoas. Nos deparamos com uma cena complicada e a gente fez o que conseguiu fazer ali , tentando socorrer o máximo possível de pessoas ali naquele momento", completou.
Vítimas de Capitólio
Júlio Borges Antunes, 68 anos, natural de Alpinópolis (MG); Camila Silva Machado, 18 anos, de Paulínia (SP); Mykon Douglas de Osti, 24 anos, de Campinas (SP); Sebastião Teixeira da Silva, 64, de Anhumas (SP); e Marlene Augusta Teixeira da Silva, 57, de Itaú de Minas (MG). Confira as últimas notícias sobre tragédia em Capitólio clicando aqui.
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