GUERRA NA EUROPA

GUERRA RÚSSIA E UCRÂNIA: Bolsonaro disse ser solidário à Rússia dias antes da guerra

Diplomatas avaliam que Bolsonaro desequilibrou a tradicional postura de neutralidade do Brasil em conflitos internacionais

Marcelo Aprígio
Marcelo Aprígio
Publicado em 24/02/2022 às 12:13 | Atualizado em 24/02/2022 às 12:27
Notícia
Alan Santos/PR
Bolsonaro visitou a Rússia dias atrás - FOTO: Alan Santos/PR

Em meio à escalada de tensão, que resultou na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil era “solidário à Rússia” e que ambos países tinham “muito no que colaborar”, citando temas de defesa, agricultura e petróleo e gás.

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"Somos solidários à Rússia. Temos muito a colaborar em várias áreas. Defesa, petróleo e gás, agricultura e as reuniões estão acontecendo", disse o presidente Jair Bolsonaro.

As declarações foram feitas no dia 16 de fevereiro de 2022 antes da coletiva de imprensa final entre os dois líderes, na qual Bolsonaro disse pregar a paz e respeitar “quem age desta maneira”.

Por causa da fala do presidente, diplomatas experientes lotados no Brasil e no Exterior avaliam que o Itamaraty vive uma saia justa inédita com o agravamento da crise Rússia-Ucrânia.

Segundo o jornalista Gerson Camarotti, da GloboNews, os diplomatas avaliam que o presidente desequilibrou a tradicional postura de neutralidade do Brasil em conflitos internacionais.

Governo Bolsonaro se posiciona

O governo federal, por meio do Ministério das Relações Exteriores brasileiro, divulgou, nesta quinta-feira (24), nota sobre sua posição em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia.

A nota é a primeira manifestação oficial do governo brasileiro após a invasão da Ucrânia pela Rússia. O presidente Bolsonaro ainda não se pronunciou.

Diferente do chefe do Executivo brasileiro, o vice-presidente Hamilton Mourão já se posicionou, criticando a Rússia e afirmando que o Brasil não está neutro no conflito.

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