GUERRA NO LESTE EUROPEU

Soldados russos se rendem: militares baixam armas e desistem da guerra na Ucrânia, diz jornal

Segundo The New York Times, um alto funcionário do Pentágono confirmou a debandada dos russos; Kremilin ainda não se pronunciou sobre a afirmação

Marcelo Aprígio
Marcelo Aprígio
Publicado em 02/03/2022 às 10:50 | Atualizado em 02/03/2022 às 10:54
GENYA SAVILOV / AFP
Veículo militar queimado em um posto de controle na cidade de Brovary, nos arredores de Kiev - FOTO: GENYA SAVILOV / AFP

Passados sete dias desde o início da Guerra na Ucrânia, soldados da Rússia envolvidos no conflito começaram a se render e desistir da missão militar.

A informação é do jornal estadunidense The New York Times. Segundo o periódico, a debandada dos russos foi confirmada por um alto funcionário do Pentágono, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, principal força do Ocidente em contraposição à guerra.

Sob condição de anonimato, o funcionário do Pentágono, disse que os militares da Rússia estão se rendendo e sabotando os próprios veículos para evitar combates com as tropas ucranianas.

Vale frisar que essa alegação não foi comprovada de forma independente. Ou seja, ainda não há confirmação da informação por outras fontes. O Kremilin também não se pronunciou sobre a afirmação.

Segundo o jornal, a motivação para a desistência da guerra seria implicações morais das tropas, assim como a escassez de alimentos, combustíveis e peças de reposição para os veículos.

Soldados se rendem

Se considerando mal preparados, jovens soldados russos baixaram as armas antes mesmo de lutar, após serem surpreendidos pela rigidez da defesa ucraniana, disse o oficial dos Estados Unidos ao NYT.

“Algumas unidades russas inteiras depuseram suas armas sem lutar depois de confrontar a defesa ucraniana surpreendentemente dura. Um número significativo das tropas russas são jovens recrutas mal treinados e mal preparados”, afirma o Times.

Apesar da afirmação, o alto funcionário não explicou como essas informações da guerra chegaram até o Pentágono.

Para o jornal, provavelmente as declarações dos soldados russos foram interceptadas pelos serviços de inteligência dos EUA.

AFP
Guerra na Ucrânia - FOTO:AFP