Guerra na Ucrânia

Guerra: Ucrânia diz que Rússia planeja bombardear antiga catedral de Kiev

Catedral de Santa Sofia data do século XI

Agência Católica de Informações (ACI) Gabriel dos Santos
Agência Católica de Informações (ACI)
Gabriel dos Santos
Publicado em 03/03/2022 às 8:01 | Atualizado em 03/03/2022 às 8:01
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catedral de Santa Sofia, em Kiev - FOTO: Reprodução

A Embaixada da Ucrânia junto à Santa Sé disse que, segundo dados dos serviços de inteligência, o governo russo planeja bombardear a catedral de Santa Sofia, em Kiev, que hoje é apenas um museu.

“A Catedral do século XI é a pérola da Ucrânia. Apelamos aos russos: não cometam este crime!!!”, escreveu a embaixada no Twitter nessa terça, 1º de março.

A construção da catedral de Santa Sofia em Kiev foi patrocinada no século XI por Yaroslav I, o Sábio, três vezes grão-príncipe de Novgorod e Kiev. Era o principal templo do Estado e serviu como centro espiritual, político e cultural do cristianismo ortodoxo.

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O primaz da Igreja greco-católica ucraniana, dom Sviatoslav Shevchuk, pediu ontem em uma mensagem de vídeo, o fim da invasão russa na Ucrânia que começou em 24 de fevereiro. A Igreja greco-católica ucraniana, à qual pertencem 14,1% da população do país, está em plena comunhão com Roma.

“Hoje estamos vivendo o sexto dia da guerra sangrenta e injusta. Nos últimos momentos, especialmente esta noite, testemunhamos novos horrores da guerra. Vimos como escolas, creches, cinemas e museus foram destruídos e pela manhã um míssil atingiu a maternidade”, disse dom Shevchuk.

“Nós nos perguntamos, mas por quê? São mulheres e recém-nascidos. Por que eles são vítimas desta guerra?”, disse. “Nós resistimos. Somos uma nação que constrói, defende às custas do nosso próprio sangue, a paz na Ucrânia e em todo o mundo."

Kharkiv

Ontem uma bomba caiu sobre a sede da diocese de Kharkiv, Ucrânia, em cujo porão estavam abrigadas cerca de 40 pessoas, entre mulheres e crianças. Padre. Gregorio Semenkov, chanceler da diocese católica latina de Kharkiv, informou que "há muitos mortos", mas por enquanto não há notícias do número de vítimas e feridos.

A Igreja Católica na Polônia, país que faz fronteira com a Ucrânia, já acolhe mais de 300 mil refugiados que fogem da guerra. A Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) enviou um milhão de euros para ajudar a Igreja na Ucrânia em sua pastoral e trabalho solidário.

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