A frase: "Tá tudo caro!" não é uma falsa impressão. Os preços dos alimentos mais básicos, de fato, subiram muito nos último 12 meses, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A lista das maiores altas divulgada nesta quarta-feira (11) comprova que os brasileiros estão precisando deixar mais dinheiro na feira - ou sendo obrigados a levar menos produtos para casa.
De acordo com o levantamento, a cenoura foi o item que teve a maior alta: foram 178%. Isso significa que a mesma quantidade de cenoura que custava R$ 10 (dez reais) no ano passado, agora, é comprada por R$ 27,80 (vinte e sete reais e oitenta centavos).
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O tomate subiu 103,26%. A abobrinha subiu 102,99%. Em quarto lugar, o melão teve uma alta de 82,46%. Na sequência, o morango subiu 70,39%.
Até o frango, que é alternativa para muita gente que tem sentido a alta da carne vermelha, subiu de preço. No acumulado de 12 meses, a alta do frango em pedaços foi de 21,65%.
* Por Agência Brasil
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, de abril foi 1,06%. A taxa ficou abaixo da registrada em março (1,62%). Mas, ao mesmo tempo, foi o índice mais alto para um mês de abril desde 1996 (1,26%).
Segundo dados divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumulada em 12 meses chegou a 12,13%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores e a maior desde outubro de 2003 (13,98%). A taxa acumulada no ano chegou a 4,29%.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta de preços em abril. Os alimentos, com inflação de 2,06%, tiveram o maior impacto no índice, no mês.
“Em alimentos e bebidas, a alta foi puxada pela elevação dos preços dos alimentos para consumo no domicílio (2,59%). Houve alta de mais de 10% no leite longa vida, e em componentes importantes da cesta do consumidor como a batata-inglesa (18,28%), o tomate (10,18%), óleo de soja (8,24%), pão francês (4,52%) e as carnes (1,02%)”, explica o pesquisador do IBGE André Almeida.
Os transportes tiveram alta de preços 1,91% sendo o segundo principal responsável pelo IPCA do mês. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 80% da inflação do mês.
Entre os transportes, o principal responsável pela alta de preços foram os combustíveis que subiram 3,20%, com destaque para gasolina (2,48%).
Também registraram alta de preços os grupos saúde e cuidados pessoais (1,77%), artigos de residência (1,53%), vestuário (1,26%), despesas pessoais (0,48%), comunicação (0,08%) e educação (0,06%).
O único grupo de despesas com deflação (queda de preços) foi habitação (-1,14%), devido à queda de 6,27% no preço da energia elétrica.
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