O governo da Finlândia anunciou neste domingo (15) a intenção de entrar para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), enquanto na Suécia o partido governante celebra uma reunião decisiva sobre um possível pedido de adesão conjunto à Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Menos de três meses depois do início da invasão da Ucrânia pela Rússia, o anúncio estabelece uma mudança contundente na política de não alinhamento da Finlândia, que tem mais de 75 anos.
O chefe de Estado e um Comitê de Política Externa "decidiram em conjunto que a Finlândia vai pedir a adesão à Otan", anunciou o presidente, Sauli Niinistö, em uma entrevista coletiva conjunta com a primeira-ministra, Sanna Marin.
"É um dia histórico. Começa uma nova era", declarou o presidente da Finlândia.
O Parlamento da Finlândia deve examinar na segunda-feira (16) o projeto de adesão, mas analistas consideram que a grande maioria dos congressistas apoia a iniciativa.
Apesar de algumas objeções expressadas pela Turquia, os membros da Otan estão em um "bom caminho" nas discussões para aprovar a entrada de Suécia e Finlândia, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Croácia, Gordan Grlic-Radman.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, se declarou confiante em resolver as preocupações da Turquia e insistiu que o país não se opõe aos pedidos de adesão.
Depois de romper a neutralidade política nos anos 1990, com o fim da Guerra Fria, quando se tornaram membros da União Europeia, Suécia e Finlândia se aproximam ainda mais do bloco ocidental após uma mudança na opinião provocada pela guerra na Ucrânia.
A Finlândia, com 1.300 quilômetros de fronteira com a Rússia, foi a primeira a tomar a iniciativa. A Suécia acompanha o movimento, com receio de virar o único país do Mar Báltico (com exceção da Rússia) fora da aliança liderada pelos Estados Unidos.
No sábado, o presidente finlandês ligou para o colega russo, Vladimir Putin, para informar a decisão.
Putin respondeu que o "fim da política tradicional de neutralidade militar seria um erro, pois não há nenhuma ameaça para a segurança da Finlândia", segundo o Kremlin.
O ex-primeiro-ministro finlandês Alexander Stubb disse à BBC que Putin é "a razão pela qual nos unimos" à Otan. "Poderíamos facilmente chamar de ampliação da Otan por Vladimir Putin", completou.
De acordo com as pesquisas recentes, mais de 75% dos finlandeses desejam a adesão à Otan, índice três vezes superior ao registrado antes da guerra na Ucrânia.
Na Suécia, o apoio subiu para quase 50%, contra 20% de pessoas contrárias.
O Partido Social-Democrata da primeira-ministra Magdalena Andersson se reúne ainda neste domingo para decidir se formação abandona sua histórica postura contrária à adesão.
Dentro do partido, algumas vozes criticam uma decisão precipitada.
Analistas, no entanto, consideram improvável que o partido seja contrário à adesão.
O processo de adesão à Otan dura vários meses e exige o apoio unânime dos 30 membros da Aliança.
Com informações da AFP
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