Igreja Católica

Revelado quem assume se Papa Francisco renunciar; entenda processo do Conclave no Vaticano

Crescem rumores de que Papa Francisco vai renunciar; veja como será processo de escolha no Conclave

Gabriel dos Santos
Gabriel dos Santos
Publicado em 02/09/2022 às 8:36 | Atualizado em 30/12/2022 às 10:16
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Vatican News
Papa Francisco é o 266° Papa da Igreja Católica - FOTO: Vatican News

Ganham forças os rumores de que o Papa Francisco vai renunciar ao Trono de Pedro. Ainda não se sabe quando, mas fontes vaticanas consideram quase insustentável a manutenção de Jorge Bergoglio no cargo por causa de sua frágil saúde. 

Mas, se o Papa Francisco renunciar mesmo, quem assume? Entenda como é a escolha de um novo papa, nesta reportagem, a partir de informações da Agência Católica de Informação (ACI).

O CONCLAVE

Depois que um papa morre ou renuncia, inicia-se o estado chamado de "Sé Vacante" ou "Sede Vacante". Na prática, a partir deste momento, a Igreja Católica volta todas as atenções para a escolha de um novo líder. 

Um grupo com cerca de 200 cardeais fica responsável por conduzir a Igreja, fundamentalmente para organizar a votação para escolher o novo Papa. O evento para essa eleição se chama "Conclave".

Neste período, nenhuma decisão muito séria pode ser tomada, já  que apenas o Papa pode conduzir sérias reformas na Igreja Católica. 

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Quem escolhe o novo papa?

A Igreja tem cerca de 200 cardeais, mas apenas aqueles que tenham menos de 80 anos até o dia da morte ou renúncia do papa podem votar no Conclave. Atualmente, há cerca de 120 cardeais com idade para votar. 

Quando começa o conclave?

Os cardeais devem reunir-se em conclave para a eleição do novo papa 15 dias após a vacância da Sé Apostólica, embora o Colégio cardinalício possa estabelecer outra data, que não pode ser adiada por mais de 20 dias a partir da vacância.

Lugar de celebração

O local habitual do conclave é a Capela Sistina, dentro do Vaticano. No século XIX os conclaves foram feitos no Palácio do Quirinal em Roma.

O último conclave que aconteceu fora de Roma foi em Veneza, em março de 1800, após a morte de Pio VI, uma vez que Roma estava ocupada pelas tropas do comandante francês Napoleão Bonaparte.

O voto

No dia escolhido para o conclave, os cardeais eleitores celebram missa na basílica de São Pedro, no Vaticano. À tarde, vão em procissão até a Capela Sistina, onde fazem um juramento solene assim que chegam.

Depois, o cardeal camerlengo, que fica responsável por tocar a cúria depois da morte ou renúncia de um papa, assistido do exterior pelo substituto da Secretária de Estado, se encarrega de que a eleição do papa aconteça com a necessária reserva e discrição.

A eleição por escrutínio, único método atualmente válido, faz-se através do voto individual e secreto dos cardeais eleitores.

O papa só é eleito com dois terços dos votos. Duas votações devem ser feitas a cada dia, mais uma votação na noite em que o conclave começa.

Se depois de 24 votações os cardeais não chegarem a um acordo sobre o cardeal escolhido, eles podem decidir por maioria absoluta como proceder. O papa pode, então, ser eleito por maioria simples.

Fumaça branca anuncia que papa foi escolhido

Após cada eleição as cédulas são queimadas. A tradição indica que os cardeais fazem com que a fumaça seja preta, se o papa não foi eleito, ou branca se o novo papa foi eleito. A fumaça preta ou fumaça branca pode ser vista pelos fiéis da Praça de São Pedro.

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