Depois de trocar tiros e jogar granada em policiais federais que cumpriam mandado de prisão, o ex-deputado e ex-presidente do PTB Roberto Jefferson passou oito horas desrespeitando a determinação do Supremo Tribunal Federal que revogava sua prisão domiciliar e se entregou.
Nesta semana, Roberto Jefferson apareceu em um vídeo xingando a ministra Cármen Lúcia, do STF. O petebista estava em prisão domiciliar e proibido de usar redes sociais.
Por violar as medidas da prisão domiciliar, Jefferson teve a prisão determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Ao notar a chegada da Polícia Federal do Rio de Janeiro em sua casa neste domingo (23), Jefferson trocou tiros com os agentes.
O ex-deputado também usou uma granada ao resistir ao mandado de prisão e, segundo informações preliminares, feriu dois policiais.
A assessoria de imprensa da Polícia Federal no Rio de Janeiro informou, por nota, que os "policiais federais foram à casa do alvo para cumprir ordem de prisão determinada, na data de ontem (sábado, 22), pelo STF, e durante a diligência, na manhã de hoje (domingo, 23), o alvo reagiu à abordagem da PF que se preparava para entrar na residência. Dois policiais foram atingidos por estilhaços, mas passam bem. A diligência está em andamento".
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Roberto Jefferson é aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) e presidia o partido do Padre Kelman (PTB), candidato à Presidência nas Eleições 2022.
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QUEM É ROBERTO JEFFERSON, ex-deputado PRESO por ARSENAL DE ARMAS na ELEIÇÃO
Segundo o G1, os agentes feridos são o delegado Marcelo Vilella, que teria sido atingido na cabeça e na perna, e a policial Karina Lino de Miranda, de 31 anos, que foi ferida na cabeça. Os dois foram atendidos em um hospital da região e já receberam alta.
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Roberto Jefferson foi condenado pelo inquérito que apura atividades de uma organização criminosa envolvida em fake news, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aponta estar envolvida em atos anti democráticos.
O ex-deputado cumpria pena em regime fechado, no ano passado, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro. Porém, recebeu o benefício de prisão domiciliar por causa de complicações de saúde.
Enquanto Roberto Jefferson ainda estava em casa, recebendo aliados como o Padre Kelmon, jornalistas que estavam no local relataram que foram hostilizados.
O cinegrafista Rogério de Paula, da Rede Globo, foi agredido por apoiadores de Roberto Jefferson, neste domingo (23/10), em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro, enquanto trabalhava na cobertura da prisão do bolsonarista que atirou e feriu agentes da PF. pic.twitter.com/VjXh9xcGQV
— Jornalistas Livres (@J_LIVRES) October 23, 2022
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