A cidade de Haarlem, com uma população de cerca de 160.000 pessoas localizada a oeste de Amsterdã, pode ser a primeira cidade a proibir a publicidade de carne.
A movimentação para isso foi elaborada pelo GroenLinks, partido político ambientalista, que acredita que a produção de carne é prejudicial ao meio ambiente por causa dos gases de efeito estufa (GEE) produzidos pelos animais.
A proibição não entrará em vigor até 2024, devido a contratos existentes com algumas empresas.
A nova legislação é importante, por pode influenciar a decisão de outras cidades e, consequentemente, outros países da Europa.
A Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que a pecuária gera mais de 14% de todos os gases de efeito estufa produzidos pelo homem, incluindo o metano.
Em uma entrevista ao jornal Dutch News, o vereador do partido holandês Ziggy Klazes justificou a medida.
“Não podemos dizer às pessoas que há uma crise climática e incentivá-las a comprar produtos que a causam”, disse.
A quantidade de carne consumida na Holanda atualmente é de 89,3 quilos por pessoa, acima da média global.
A ONU diz que, além do gado gerar gases de efeito estufa que agravam aquecimento global, é também responsável pelo desmatamento em massa em lugares como a floresta amazônica para abrir espaço para pastagens.
Em julho deste ano, outra polêmica envolvendo o movimento ambientalista surgiu: Tübingen, uma cidade universitária no sudoeste da Alemanha, foi processada pela McDonalds por promover desincentivo ao uso de descartáveis.
Para elevar ainda mais o status verde da cidade, a prefeitura quis impor uma nova taxa: o chamado Verpackungssteuer, ou seja, imposto de embalagem.
Essa taxa previa um pagamento extra de cinquenta centavos para qualquer embalagem descartável, como copos de café, potes de sorvete, pratos para refeição e até caixas de pizza.
O imposto teve um início promissor: as primeiras semanas resultaram em até 15% menos resíduos nas lixeiras da cidade.
Contudo, esse movimento de ter menos embalagens não foi bem recebido pelo único McDonald's de Tübingen, que processou a cidade por causa da implementação desse imposto.
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