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O que se sabe sobre os OBJETOS VOADORES abatidos pelos EUA

Muitas especulação cresce sobre os outros objetos

Nathália Macêdo
Nathália Macêdo
Publicado em 13/02/2023 às 17:35
Notícia
PETTY OFFICER 1ST CLASS TYLER THOMPSON / US NAVY / AFP
Destroços do balão de vigilância - FOTO: PETTY OFFICER 1ST CLASS TYLER THOMPSON / US NAVY / AFP

Da AFP

A derrubada de um enorme balão chinês na costa dos Estados Unidos, assim como de outros três objetos sobre o Alasca, Michigan e Canadá, levantaram preocupações de segurança na América do Norte e pioraram as já tensas relações com a China.

Seguem as principais perguntas e o que se sabe sobre os acontecimentos até agora:

Quais eram os objetos?

Os incidentes começaram no final de janeiro, quando um enorme balão chinês, que as autoridades de Washington descreveram como tendo propósitos de espionagem, cruzou por dias os céus dos EUA antes de ser abatido em 4 de fevereiro por um jato F-22 na costa da Carolina do Sul.

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Jose ROMERO / AFP
Suposto balão de vigilância chinês depois que foi abatido em 4 de fevereiro de 2023 - Jose ROMERO / AFP

A China insistiu que o balão estava realizando pesquisas meteorológicas.

O Pentágono afirmou que o balão tinha uma gôndola do tamanho de três ônibus e pesava mais de uma tonelada, além de estar equipado com várias antenas e painéis solares grandes o suficiente para alimentar vários sensores de coleta de informações.

Também parecia ter a capacidade de girar por conta própria, usar o vento e ter propulsão, segundo as autoridades.

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Haley WALSH / AFP
Suposto balão de vigilância chinês - Haley WALSH / AFP

Na sexta-feira (10), caças americanos derrubaram outro objeto no norte do Alasca, segundo o exército, acrescentando que estava "dentro do espaço aéreo soberano e sobre as águas territoriais dos Estados Unidos". Este objeto carecia de qualquer sistema de propulsão ou controle, de acordo com as autoridades.

No sábado (11), um caça F-22 americano, agindo sob ordens de Washington e do Canadá, abateu um "objeto aerotransportado de alta altitude" sobre o Território de Yukon, no centro do Canadá, a cerca de 160 quilômetros da fronteira com os EUA, por considerar que representava uma ameaça à aviação civil.

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PETTY OFFICER 1ST CLASS TYLER THOMPSON / US NAVY / AFP
Suposto balão de vigilância chinês - PETTY OFFICER 1ST CLASS TYLER THOMPSON / US NAVY / AFP

O Canadá o descreveu como cilíndrico e menor que o primeiro balão. A ministra da Defesa canadense, Anita Anand, se recusou a especular se o objeto era de origem chinesa.

No domingo (12), Biden ordenou que outro objeto fosse derrubado "por precaução" sobre o lago Huron. O dispositivo foi descrito como uma estrutura octogonal com cordas penduradas e representava um risco para a aviação civil ao voar a 6.000 metros de altitude, segundo fontes do governo.

O Pentágono afirmou que nenhum dos quatro objetos parecia armado ou representava uma ameaça de ataque.

O que foi recuperado?

Equipes militares, trabalhando com aviões, barcos e minissubmarinos, estão percorrendo as águas rasas da Carolina do Sul. Imagens militares mostraram a recuperação de um grande pedaço do balão.

O FBI assumiu a custódia dos restos do balão para análise.

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Lt. j.g. Jerry Ireland / US NAVY / AFP
Helicóptero da Guarda Costeira dos EUA sobrevoa um campo de destroços durante os esforços de recuperação de um balão de vigilância - Lt. j.g. Jerry Ireland / US NAVY / AFP

As operações para recuperar o segundo objeto continuam no gelo marinho perto de Deadhorse, no Alasca. "As condições climáticas do Ártico, incluindo vento frio, neve e luz diurna limitada" impactam as operações, disseram os militares.

Equipes de recuperação, apoiadas por uma aeronave de patrulha canadense CP-140, estão procurando restos do terceiro objeto no Yukon, informou Anand no sábado. O Pentágono observou que o FBI está trabalhando em estreita colaboração com a polícia canadense.

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PETTY OFFICER 1ST CLASS TYLER THOMPSON / US NAVY / AFP
Suposto balão de vigilância chinês - PETTY OFFICER 1ST CLASS TYLER THOMPSON / US NAVY / AFP

O Pentágono afirmou no domingo que equipes americanas e canadenses preparam uma operação para tentar recuperar o quarto objeto.

Qual era o propósito dos objetos?

Autoridades americanas dizem que as imagens do primeiro balão mostram que ele consistia em equipamento de vigilância capaz de interceptar telecomunicações.

O secretário de Defesa, Lloyd Austin, afirmou que sua missão era "monitorar locais estratégicos no território dos Estados Unidos continental".

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PETTY OFFICER 1ST CLASS TYLER THOMPSON / US NAVY / AFP
Destroços do balão de vigilância - PETTY OFFICER 1ST CLASS TYLER THOMPSON / US NAVY / AFP

Michael Mullen, ex-comandante do Estado-Maior Conjunto, sugeriu que a China, ou alguns membros de sua liderança militar, pretendiam minar intencionalmente a visita planejada do secretário de Estado, Antony Blinken, a Pequim.

Os Estados Unidos sustentam que os balões faziam parte de uma "frota" que já percorreu os cinco continentes.

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ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP
Biden parabenizou os pilotos de caça por derrubarem um balão chinês - ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

A especulação cresce sobre os outros objetos. A subsecretária de Defesa para Segurança Interna, Melissa Dalton, disse que agências de investigação públicas e privadas lançam os próprios dispositivos na atmosfera a grandes altitudes.

Alguns analistas dizem que pode ser o início de um grande esforço de vigilância chinês com o objetivo de examinar as capacidades militares estrangeiras em antecipação a possíveis tensões sobre Taiwan nos próximos anos.

ET?

Os Estados Unidos não sabem "ao certo" se os objetos não identificados derrubados por aviões de guerra americanos nos últimos dias tinham fins de espionagem, informou a Casa Branca nesta segunda-feira (13).

"Não sabemos ao certo se eles tinham capacidade de vigilância, mas não podemos descartá-lo", declarou em entrevista coletiva o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.

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MANDEL NGAN / AFP
O coordenador do Conselho de Segurança Nacional para Comunicações Estratégicas, John Kirby - MANDEL NGAN / AFP

O governo americano afirmou, nesta segunda (13), que não há sinais de atividade extraterrestre em relação a esses objetos não identificados.

"Não há indícios de extraterrestres com essas derrubadas recentes, queria ter certeza de que o povo americano soubesse disso", disse a secretária de imprensa, Karine Jean-Pierre.

Por que tantos agora?

Dalton disse no domingo que depois que o balão chinês foi detectado, a defesa aérea dos Estados Unidos fez ajustes nos sistemas de radar para ter a capacidade de detectar objetos menores e mais lentos na atmosfera.

Analistas dizem que a inteligência dos EUA e do Canadá está constantemente recebendo grandes quantidades de dados brutos e geralmente descartando alguns para se concentrar na ameaça de mísseis que se aproximam, não em objetos que se movem lentamente, como balões.

 

 

 

 

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