Psicologia em Movimento: Viver em paz

O colunista Sylvio Ferreira falou sobre o tema no programa Movimento Cultural
Rádio Jornal
Publicado em 23/02/2022 às 19:49
A palavra filho é sinônimo de amor, porque falar em filho é o mesmo que falar nesse sentimento maravilhoso, capaz de transformar as pessoas e tornar tudo melhor. Foto: Reprodução: PixaBay


Não há quem não deseje viver em paz. Em paz com a vida, com o mundo, consigo mesmo. Quer seja no trabalho, em casa, com os vizinhos, com as amizades, próximas ou distantes, com as pessoas que amamos e fazem parte da nossa vida íntima. Viver em paz é um objetivo de vida para a maioria das pessoas. Mas nem sempre nós conseguimos viver como almejamos.

Muitas vezes, vivemos o oposto do que esperaríamos viver: ao invés de viver em paz, vivemos em pé de guerra, prontos para nos lançarmos à luta. Deste modo, vivemos sob um estado de tensão permanente na relação com o outro, e fazemos das nossas relações com um outro em específico ou um outro em geral -- um verdadeiro cabo de guerra.

Ou seja, fazemos da nossa vida um jogo de poder, de mando e comando, de medição de forças. Não precisa dizer o quanto esse modo de viver é estressante e esgotante, podendo levar as pessoas envolvidas nesse tipo de relacionamento, as que fazem da vida um cabo de guerra, à beira de um colapso psíquico por não suportar ou conseguir viver submetido ou submetida a tamanha pressão. Muitas vezes a disposição para a guerra na relação com o outro toma conta do indivíduo de uma maneira tal que ele ou ela não conseguem se sentir bem se não estão guerreando ou em pé de guerra: esbravejando, reclamando, ofendendo, se lamuriando da vida por causa da relação com o outro, esse outro que arruína e lhe impede de viver a vida de forma leve e prazerosa.

As pessoas que costumam agir assim, só conseguem culpar o outro, atribuindo-lhe inteira responsabilidade por fazê-lo ou fazê-la tão infeliz. Esse tipo de comportamento, o de atribuir culpa ao outro, somente revela o quanto nos é difícil assumir a parte que nos cabe, em termos de responsabilidade mútua em um relacionamento. Sobretudo, quando o cabo de guerra, uma vez tendo sido iniciado, se torna um círculo vicioso, prejudicial ao relacionamento e a vida de cada uma das pessoas envolvidas na relação. Viver em paz requer compreensão, entrega, doação, abrir mão do que não é relevante no relacionamento, romper com o espírito de guerra e propor-se a viver com leveza. Para tal, é preciso parar de medir forças e deixar de fazer do relacionamento um eterno cabo de guerra.

Se assim não for, os parceiros correrão sério risco de não apenas deixarem de se amar, mas, também jamais conhecerão o significado da expressão viver em paz.

foi sobre o tema "Viver em paz" que o apresentador Marcelo Araújo, conversou com o psicólogo Sylvio Ferreira na coluna Psicologia em Movimento.

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