Em uma eleição presidencial na qual a pauta dos costumes ocupa, em alguns momentos, mais tempo nos debates do que as propostas para saúde, educação e empregabilidade, a pesquisa eleitoral Ipec divulgada em 5 de outubro mostra como está a intenção de votos de católicos e evangélicos entre Lula e Bolsonaro.
De acordo com a pesquisa eleitoral, Lula é o preferido da maioria dos católicos. O levantamento mostra que 59% dos fiéis da Igreja Católica afirmam que votariam no ex-presidente se a eleição fosse agora. O percentual de católicos que dizem apoiar Bolsonaro é de 36%.
Segundo dados de pesquisa de 2020 do Instituto DataFolha, 50% dos brasileiros são católicos. 31% se dizem evangélicos.
Católicos
- Lula: 59%
- Bolsonaro: 36%
- Branco/Nulo: 3%
- Não sabe: 2%
Evangélicos
Entre os evangélicos, Bolsonaro lidera. Veja os números:
- Lula: 61%
- Bolsonaro: 31%
- Branco/Nulo: 5%
- Não sabe: 3%
.
- São fake mensagens que afirmam que pesquisas eleitorais de 2018 apontavam para derrota de Bolsonaro; veja os números de 4 anos atrás
- LULA É A FAVOR OU CONTRA O ABORTO? Entenda a verdade e não caia mais em fake news
- É falso que Lula tenha dito que nem Deus tira a eleição dele; não caia mais em fake news
Outras religiões/Sem religião
- Lula: 58%
- Bolsonaro: 34%
- Branco/Nulo: 6%
- Não sabe: 2%
Fake news são divulgadas em grupos evangélicos
Nestas eleições, várias fake news estão sendo divulgadas em grupos de redes sociais voltadas para o público evangélico. O principal alvo das informações falsas é o ex-presidente Lula, que tenta voltar à Presidência.
Em várias dessas mensagens mentirosas, são feitas relações entre Lula e ideais não-cristãos. Em alguns textos, Lula é apresentado como um candidato pró-aborto, o que o candidato petista já desmentiu inúmeras vezes.
Mais recentemente, circularam mensagens que afirmavam que Lula teria dito que "nem Deus tiraria a vitória dele". A Agência Lupa, especializada em checagem de fake news, garantiu que Lula nunca disse isso.
Contra Bolsonaro, há mensagens falsas dizendo que o candidato teria sido expulso do Exército por participar de um esquema que planejava explodir bombas em quartéis. Na verdade, apesar de ter sido processado na década de 1980, o Superior Tribunal Militar (STM) absolver o ex-capitão por considerar insuficientes as provas apresentadas contra o atual presidente.
Comentários