Além da comoção do público em relação ao caso criminal envolvendo Margarida Bonetti e o casarão abandonado em que vive, uma grande curiosidade paira sobre o caso: como é o interior da mansão?
Margarida Bonetti e sua mansão 'abandonada' em Higienópolis estão no centro das discussões nos últimos dias por causa do podcast 'A Mulher da Casa Abandonada', que revelou a história por trás do imóvel decadente localizado em um dos bairros mais caros de São Paulo e do crime que Margarida foi acusada há duas décadas.
No podcast, o jornalista Chico Felitti apurou que ninguém, além da família de Margarida, teve acesso recentemente ao imóvel. Uma única exceção foi o zelador de um dos prédios vizinho à casa, mas até ele teve acesso apenas ao quintal da mansão, para colher frutos de uma das árvores.
Porém, agora, o mistério sobre o interior da mansão de 20 cômodos, construída entre as décadas de 1920 e 1930, está sendo, em parte, desvendado!
O jornalista Luiz Bacci, da TV Record, teve acesso aos autos do inquérito do imóvel, onde constam dezenas de fotos da residência. O processo é de 2011 e são as fotos mais recentes do interior da 'casa abandonada'.
As imagens mostram os cômodos com acúmulo de objetos e uma desordem na casa. Também é possível observar que muitos objetos são antigos e obsoletos - como aparelhos de TV de tubo.
A casa 'abandonada' foi construída entre as décadas de 1920 e 1930, com um estilo bastante eclético, como aponta o engenheiro civil Octavio Pontedura, em entrevista à revista Exame.
"Há colunas coríntias, arquitrave e frontão, por exemplo, que são de momentos arquitetônicos diferentes", explica.
De acordo com o especialista, o metro quadrado em Higienópolis está avaliado entre R$ 12 mil e R$ 15 mil. Porém, a casa de Margarida Bonetti pode ter sofrido com a desvalorização por causa do tombamento do entorno.
"Imagine quanto o terreno seria valorizado se pudessem construir um prédio de sete andares, com dois apartamentos por andar, com 200 metros quadrados cada um, com o metro quadrado avaliado em R$ 15 mil", reflete Octavio Pontedura.
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