Com os campeonatos nacionais paralisados há mais de dois meses em razão da pandemia do novo coronavírus, o Náutico tem enfrentado desafios para manter as contas em dia. Depois de negociar com o elenco uma redução salarial de 25% para os jogadores que ganham acima de R$ 5 mil, a diretoria alvirrubra agora já admite a possibilidade do período de redução ser maior do que estava previsto, já que o clube imaginava que o futebol pudesse ser retomado entre maio e junho. Antes de procurar os atletas para uma nova conversa, a direção pretende primeiro fechar o mês de maio, como explicou o vice-presidente Diógenes Braga.
“A gente não chegou a fechar essa ideia ainda. Ainda passa por um fechamento financeiro do mês de maio. A gente ainda tem a imagem dos atletas a pagar que vence agora no dia 20 e a gente precisa com o balanço do mês de maio e principalmente com o cenário que se apresente pela frente avaliar se a gente precisa ou não disso. Queremos ao máximo evitar essa redução e se for necessário a gente vai sim conversar com os atletas”, declarou Diógenes Braga, em entrevista à Rádio Jornal.
Trabalhando para encontrar alternativas financeiras para o período sem futebol, a diretoria do Náutico ainda segue aguardando uma resposta da CBF em relação ao aporte de R$ 60 milhões solicitado pelos clubes da Série B. De acordo com o documento enviado à entidade, o recurso seria retirado do ‘Legado da Copa’ e dividido de forma igualitária entre os times. Os clubes da Segunda Divisão já sofreram a redução de 30% no valor da cota de televisionamento da competição para os meses de abril, maio e junho.
“A gente não tem nenhuma sinalização. A única sinalização que tivemos foi a cota (de televisionamento) desse mês que veio com redução de 30%. Esse dinheiro pode voltar desde que o campeonato tenha as 38 datas. Se houver uma redução no número de datas do essa cota cai, é por isso que os clubes lutam tanto para que o campeonato não diminua, para que a Série B não encurte e continue com os 38 jogos e consequentemente a receita da transmissão de TV se mantenha”, disse Diógenes.
Depois da paralisação dos campeonatos, o Náutico anunciou as contratações dos meias Dadá Belmonte e Júnior Brítez, além do retorno do atacante Thiago. De acordo com Diógenes Bragas, os reforços não oneram a folha salarial do clube neste período de paralisação. “Na efetivação do negócio, a gente colocou que o início do contrato se dá quando o clube reiniciar os trabalhos, então na verdade os contratos entram em vigência a partir do momento que o Náutico voltar às atividades”, explicou.
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