A Polícia Civil de Pernambuco investiga a morte do ex-policial militar Claudio Roberto Borges, de 48 anos, conhecido como Claudinho, um dos réus no caso Manoel Mattos. Claudinho foi morto a tiros, na noite desta terça-feira (12), em Itambé, na Zona da Mata Norte do Estado, no momento em que a vítima estava na funerária do vereador e presidente da câmara do município, José Luiz Targino de Moura. Como nada foi levado das vítimas, uma das principais linhas de investigação é o crime de execução.
O diretor de Polícia do Interior, delegado Neemias Falcão, diz que é cedo para afirmar quem era o alvo dos criminosos.
Claudinho, o presidente da Câmara de Vereadores e o motorista Clayton Cavalcanti foram pegos de surpresa quando dois suspeitos se aproximaram em uma moto e dispararam contra Cláudio, que trabalhava como segurança particular do vereador.
Os tiros atingiram também o presidente da câmara e o motorista, ambos foram socorridos e passam bem. O irmão do vereador, Valdemar Moura, detalha o momento do crime.
O corpo de Claudinho foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML) em Santo Amaro, na área central do Recife. Ainda não há informações do enterro.
Confira os detalhes na reportagem de Juliana Oliveira:
Claudio era um dos réus do caso Manoel Mattos, advogado que integrava a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Pernambuco. Mattos ficou conhecido por denunciar grupos de extermínio, com a participação de policiais militares e civis, na divisa entre Paraíba e Pernambuco.
No dia 15 de abril de 2015, a juíza da 36ª Vara Federal de Pernambuco, Carolina Souza Malta, chegou a um veredito sobre o caso envolvendo a morte do advogado Manoel Mattos Neto, assassinado em 2019, no município de Pitimbu, na Paraíba. Dois dos cinco réus foram condenados. Claudinho foi inocentado da acusação de mandante do crime.
O sargento reformado da PM da Paraíba, Flávio Inácio Pereira, apontado como um dos mandantes da execução, foi condenado a 26 anos de prisão. Já José Martins, apontado como executor, vai cumprir 25 anos em regime fechado.
Sérgio Paulo da Silva, que teria sido um dos executores, e José Nilson Borges, apontado como o dono das armas, foram inocentados.
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