O acusado de matar a fisioterapeuta Tássia Mirella pode ir a júri popular. Em audiência de instrução na manhã desta quarta-feira (20), na 3ª Vara do Tribunal do Júri da capital, o juiz Pedro Odilon ouviu Edvan Luiz da Silva.
O Ministério Público de Pernambuco tem até cinco dias para se pronunciar, mas já emitiu nota oficial reforçando a denúncia e pedindo que o caso vá a júri popular.
Em sequência, a defesa do acusado tem mais 5 dias para apresentar seus argumentos. A decisão ficará a cargo do juiz Pedro Odilon, que decide se o caso vai a júri popular.
Edvan responde pelos crimes de estupro e homicídio quadruplamente qualificado (assegurar a ocultação de outro crime, sem possibilidade de defesa da vítima, emprego cruel e feminicídio).
Os familiares e amigos de Tássia Mirella fizeram um protesto em frente ao Fórum Thomaz de Aquino, local onde foi realizada a ouvida do acusado de cometer o crime.
Para o pai da vítima, Wilson Araújo, a morte da filha trouxe à tona a discussão sobre a violência contra a mulher.
Ouça os detalhes na reportagem de Bruno Galvão:
O corpo de Tássia Mirella de Sena, que morava sozinha, foi encontrado despido no meio da sala do apartamento dela, no 12º andar, no último dia 5 de abril deste ano, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.
De acordo com o Instituto de Medicina Legal (IML), Tássia estava com um corte profundo no pescoço e outro em uma das mãos, indicando que ela tentou se defender do agressor. O flat estava totalmente revirado. Edvan foi preso no mesmo dia do crime. Rastros de sangue que começavam na porta do apartamento da vítima e invadiram o corredor até a porta do comerciante deram a primeira pista aos investigadores.
Dentro do apartamento do acusado, um homem de cueca, com marcas de luta corporal, e que não atendeu aos insistentes apelos da Polícia para abrir a porta, reforçou a suspeita. Somados a isso, um trabalho minucioso de médicos legistas que encontraram o material genético da vítima nas marcas de sangue encontradas na residência de Edvan e fragmentos da pele dele embaixo das unhas dela. Sem falar dos, até então, longos fios de cabelo preto dele presos nas mãos do cadáver deitado no local do crime.
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