A candidata Marina Silva (Rede) voltou a defender e exaltar a Operação Lava Jato. Ela não acredita em “complô” da Justiça para impedir a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso em Curitiba (PR) desde abril. Em entrevista à Rádio Jornal, Marina alfinetou os políticos investigados que estão sob foro privilegiado: “Quem tem foro está escondido no Palácio, tem mais de 200 no Congresso. A Lava Jato deu uma grande contribuição ao Brasil, recuperou bilhões de reais”, afirmou. Ouça a entrevista na íntegra:
Como uma das formas de renovar o Congresso e combater a corrupção, Marina sugere uma postura ativa da população. "Peço a população que não vote nessas pessoas. Vamos fazer a operação Lava Voto, vamos votar só em quem é ficha limpa", sugere.
Marina critica a ideia do “rouba, mas faz”: “Isso não existe. Tem que fazer sem roubar, porque aí a gente faz mais”, declarou. Ela disse que não é bom ver o país sofrendo com a corrupção, mas que a Justiça está fazendo o seu papel.
Marina criticou os governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) por “acabar com os empregos” e disse que é preciso acabar com o modelo atual dos governos: “Vou acabar com esse presidencialismo de coalização que virou presidencialismo de degradação. Faremos o presidencialismo de proposição, feito com as boas ideias”, defendeu.
Marina Silva voltou a repetir que não vai fazer um governo apenas com políticos de sua coligação. Para ela, os ministérios e cargos devem ser distribuídos para quem tenha capacidade de ocupá-los e não apenas para políticos. “Vamos compor os ministérios não só com pessoas e partidos, mas da academia, do empresariado do bem, de movimentos sociais. os critérios serão idoneidade, capacidade, ética”, diz.
A candidata afirmou que a produção agrícola brasileira tem espaço para todo mundo, desde a produção extrativista até a produção tradicional com defensivos químicos. “Não vamos permitir que se tire a capacidade da Anvisa de fiscalizar os agrotóxicos e se passe para o Ministério da Agricultura porque isso é um conflito de interesse. Vamos apoiar para que a agricultura aconteça de maneira sustentável. O que não é bom para os europeus, para os americanos, não é bom para os brasileiros”, diz.
Sobre a crise com os venezuelanos em Roraima, Marina Silva disse que a situação só acontece em virtude dos erros dos últimos governos, pelo campo ideológico (PT) e pela ausência de assistência (Temer). “Venezuela já não é mais uma democracia. A população está mal. As pessoas estão passando fome”, alertou a candidata.
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