Um homem é suspeito de matar o próprio filho de 5 anos esganado após ter um surto psicótico, segundo familiares. O caso aconteceu nesta segunda-feira (10), no município de Brejão, no Agreste de Pernambuco. A criança passava o final de semana com Ivanildo Santos da Silva, de 35 Anos, na residência que fica no Sítio Curica do Isaac, na zona rural do município, quando foi morta.
O delegado Caio Moraes, da Delegacia de Brejão, que está responsável pelo caso, contou que a polícia foi acionada por parentes do suspeito. O homem mora na mesma casa com o pai, a mãe e o irmão. "Na noite do domingo (9), ele teria expulsado a família de dentro de casa, dizendo que queria ficar sozinho com o menino", relatou o delegado.
Os pais do homem saíram assustados com o estado em que ele estava. "A família conta que ele dizia estar ouvindo vozes e estava muito alterado", disse Caio Moraes.
A criança passou a madrugada sozinha dentro da casa com o pai, e no início da manhã desta segunda-feira, um dos parentes conseguiu convencer o homem a abrir a porta. O delegado ainda conta que por diversas vezes durante a madrugada, as pessoas chamavam o garoto, na tentativa de entender o que acontecia dentro da residência, mas o menino não respondia mais.
"O pai do suspeito conseguiu entrar na casa. Ele encontrou o neto sem sinais de vida, com sinais de sufocamento. O filho contou a ele que cumpria ordens das vozes que estava ouvindo, dizendo para matar o garoto. Logo em seguida o suspeito fugiu", detalha Caio.
A criança foi levada ao Instituto de Medicina Legal (IML), que vai atestar a causa real da morte. A Polícia segue em diligências no local na procura do suspeito de cometer o crime.
A equipe de investigação da Polícia Civil de Brejão alegou que não encontrou nenhum registro de visita a uma unidade de saúde local de Ivanildo Santos para se tratar de qualquer transtorno. Segundo a polícia, o suspeito também não tomava nenhum remédio controlado.
"Ele era muito agressivo quando bebia. Mas a família disse que o rapaz estava há um ano sem beber", comentou o delegado. "Assim que encontrarmos o suspeito de ter praticado este crime, poderemos esclarecer se isto se tratou de um surto mesmo ou foi algo já premeditado", concluiu.
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