O vice-presidente, Hamilton Mourão, lamentou nesta quarta-feira (13) o massacre na Escola Raul Brasil, em Suzano, na grande São Paulo, e disse que o caso se deve à influência de videogames violentos e à falta de atividades educativas para crianças e adolescentes.
“Hoje a gente vê essa garotada viciada em videogames e videogames violentos. Só isso que fazem. Quando eu era criança e adolescente, jogava bola, soltava pipa, jogava bola de gude, hoje não vemos mais essas coisas. É isso que temos que estar preocupados”, disse.
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Ao lembrar o massacre na Escola Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, onde um ex-aluno matou 12 pessoas, em 2011, disse que “tem que chegar à conclusão por que isso está acontecendo? Essas coisas não aconteciam no Brasil, ocorriam em outros países”.
O vice-presidente contou da sua experiência de adolescência, quando morou nos Estados Unidos, e estudava das 9h às 15h, como é o padrão norte-americano de ensino. “Hoje, pai e mãe são obrigados a trabalhar pelas exigências da sociedade moderna, nos faltam escolas de tempo integral, onde a criança fique mais tempo”, disse Mourão.
A flexibilização da posse de arma de fogo, para o vice-presidente, “não tem nada a ver” com o caso. “Vai dizer que a arma que os caras tinham lá era legal?”, disse.
Na manhã desta quarta-feira (13), um adolescente de 17 anos e um homem de 25 entraram na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo, e mataram oito pessoas, entre alunos e funcionários.
Os autores do crime são Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Henrique de Castro, de 25 anos, se mataram em seguida. Ainda não se sabe o que motivou o ataque, mas há informações de que os dois são ex-s alunos da escola. No local, a Polícia Militar encontrou um revólver 38, uma besta (um artefato com arco e flecha), objetos que parecem ser coquetéis molotov e uma mala com fios.
Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Henrique de Castro, de 25, estavam em um carro branco alugado, estacionaram em frente ao portão do colégio e entraram pela porta da frente, que estava aberta.
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