A sueca Pia Sundhage foi apresentada nesta terça-feira (30) como nova técnica da seleção brasileira de futebol feminino. Após uma saudação inicial do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, ela recebeu a camisa da comissão técnica do time brasileiro e concedeu uma entrevista coletiva.
Logo no início da entrevista a treinadora falou do sentimento de assumir o Brasil: “Estou muito orgulhosa e feliz por olhar ao meu redor e sentir futebol. E eu adoro isto. Acompanhei a seleção na Copa do Mundo. Estou assumindo um excelente time. Eu fico muito empolgada em ver o Brasil”.
Além disso, ela comparou o momento que vive agora com o que encontrou em 2008 ao chegar à seleção feminina dos Estados Unidos: “Amo futebol, amo desafios. Foi uma situação parecida nos EUA. Eles nunca tinham tido uma técnica estrangeira antes. É uma situação parecida. Esse tipo de desafio é algo do qual me orgulho muito, e que me orgulho de fazer novamente, e de dar o próximo passo para a seleção brasileira”.
Tendo a disputa dos Jogos Olímpicos de 2020 como primeiro grande desafio, a treinadora sueca falou que a medalha de ouro é uma possibilidade, mas para alcançá-la é necessário “trabalhar muito”. E o maior desafio nesta tarefa é fazer algumas mudanças: “A seleção brasileira precisa mudar. Mas não acho que precisa ser uma mudança muito radical. Pois, se isto acontecer, vamos perder a confiança. Cheguei aqui para equilibrar essa situação. Para fazer uma mudança que faça diferença”.
No decorrer da entrevista a treinadora deixou claro que o Brasil pode crescer muito se conseguir incorporar ao seu estilo de jogo a atitude da seleção dos Estados Unidos e a organização do time da Suécia, características que considera valiosas.
Pia também foi questionada sobre sua futura relação com a atacante Marta, principal jogadora da seleção brasileira. “Pretendo ser bem respeitosa. Ela tem o coração no futebol muito intenso. Vou tratá-la com respeito. Não sei que posição vai assumir em campo, pois é cedo demais para falar. É preciso primeiro ganhar o respeito dela e criar uma relação. Mas diria que não é só a Marta, mas o time inteiro. Podemos terestrelas no Brasil, nos EUA e na Suécia. Porém, no final das contas é a equipe inteira que conta. Tentamos fazer com que cada uma dê o melhor de si. E acho que Marta sabe disso”, afirmou a técnica.
A técnica sueca de 59 anos de idade chega ao comando da seleção brasileira com um currículo muito vencedor. Já recebeu o prêmio de melhor técnica do mundo de 2012. Já conquistou dois títulos dos Jogos Olímpicos comandando a seleção dos Estados Unidos, em Pequim (2008), e em Londres (2012). E levou uma prata com a equipe da Suécia, no Brasil (2016).
Antes de assumir a seleção brasileira a treinadora estava trabalhando com a seleção sub-17 da Suécia.
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