Esses animais são extremamente primitivos, alerta veterinário sobre cobras criadas em casa

Veterinário especialista em cobras, Doralécio Lins e Silva afirmou que cobras não são domesticáveis, mas se acostumam com a presença humana
Priscila Miranda
Publicado em 10/07/2020 às 10:05
Nesta época, as cobras costumam se locomover mais e são atraídas para locais com mato e lixo, onde há presença de roedores. Foto: Reprodução/TV Jornal


Em entrevista ao Passando a Limpo nesta sexta-feira (10), o médico veterinário Doralécio Lins e Silva falou dos riscos da criação de cobras em casa como animais domésticos. O assunto entrou em pauta por causa de um caso que ocorreu no Distrito Federal, de um jovem que foi mordido por uma naja, espécie que não é do Brasil, e ficou em coma por causa do veneno do animal.

“Esses animais são extremamente primitivos, que se guiam por ondas de calor e por cheiro e não têm uma relação como cão e gato e cavalo. Eles agem por instinto então, um dia, vai acontecer um acidente. Não é domesticado, se acostuma com a presença humana”, afirmou.

Doralécio falou também da legislação vigente da criação de cobras no Brasil e o tráfico de animais silvestres.

“Você se registra como criador conservacionista ou criador comercial. Como criador comercial, o Ibama dá licença pra você criar espécies nativas, ou seja, você pode criar cascavel, jararacas, surucucus e corais. A fiscalização compete ao Ibama e algumas polícias ambientais dos estados. A importação de animais é perfeitamente legal, você pode importar, desde que por vias legais, animais devidamente controlados, chipados. Agora, quanto ao tráfico de animais, isso existe no mundo todo. Alguns chegam a dizer que ele fatura um pouco menos do que o tráfico de drogas, então é um valor monstruoso de dinheiro”, afirmou o veterinário.

Ouça a entrevista na íntegra:

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