
O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, afirmou nesta quarta-feira (16) que todos os municípios do Estado receberão a vacina contra a Covid-19 em até quatro dias, após o envio da substância por parte dos laboratórios. A informação foi dada em entrevista ao Passando a Limpo, da Rádio Jornal, e confirma o que o governador Paulo Câmara (PSB) falou recentemente. “Temos estrutura para isso. Nós temos um programa de imunização em Pernambuco que já foi testado e provado. O programa de imunização está preparado e isso é factível, sim, pela história pregressa do Programa Estadual de Imunização. Essa é a logística que seguimos nas campanhas de imunização todos os anos”, afirmou.
Sem dar muitos detalhes, André Longo disse que Pernambuco deve funcionar como um centro de distribuição da estrutura de estocagem da vacina. “Pernambuco foi avaliado como uma das sedes [desse processo]. O Ministério da Defesa vai fazer o processo de segurança do plano logístico e Pernambuco vai ser um dos hubs de distribuição do Nordeste”, disse o secretário.
Prioridade na imunização
Ainda na entrevista ao Passando a Limpo, Longo voltou a falar sobre a ordem de prioridade de imunização, calculando que cerca de dois milhões de pessoas em Pernambuco devem receber atenção prioritária. “A prioridade são pessoas com mais 80 [anos], depois com mais de 70, depois com mais de 60. Também precisamos proteger os trabalhadores de saúde para evitar as perdas de profissionais que estão atendendo na ponta”. “Outro grupo com prioridade, são os trabalhadores de educação, para não ter mais descontinuidade do calendário escolar tão importante para o desenvolvimento do país, do estado. Juntos, esses grupos somam cerca de dois milhões de pessoas”, acrescentou.
Debate entre estados
Ainda em meio ao debate nacional de como será feita a distribuição da vacina para os 26 estados do país, além do Distrito Federal, o secretário pernambucano de Saúde defendeu que todas as regiões do país sejam atendidas igualmente. “Não é possível que se tenha um estado ou município imunizando pessoas com menos de 60 anos, enquanto outros [estados] não vacinam os seus idosos. A gente entende que é muito importante que o Programa Nacional de Imunização seja o vetor para garantir equidade na distribuição aos Estados. Todas as vacinas eficazes precisam estar à disposição de todos os estados ao mesmo tempo”, concluiu.
Confira a entrevista na íntegra: