PANDEMIA

Cepa indiana: André Longo fala sobre situação em Pernambuco, e cobra medidas do Governo Federal

Nesta quinta-feira (20), o Governo do Maranhão anunciou o primeiro caso da cepa indiana

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 20/05/2021 às 18:11
Divulgação/ SES
FOTO: Divulgação/ SES

Em coletiva online transmitida nesta quinta-feira (20) o secretário estadual de Saúde, André Longo, criticou as ações do Governo Federal para frear a circulação de novas variantes da covid-19, oriundas de outros países, no Brasil. Nesta quinta, o Governo do Maranhão confirmou o primeiro caso da cepa indiana. A variante B.1.617 do novo coronavírus, que nasceu na Índia, é considerada um risco para todo o mundo.

“Hoje, participamos de uma reunião com a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde onde nos foi comunicado da detecção da variante indiana no Maranhão. Tudo leva a crer que o Maranhã está bloqueando pacientes que precisaram de atendimento. Há toda uma vigilância montada com apoio do Ministério da Saúde. Esperamos que, pelo menos, por enquanto isso possa ser contido. Mas é preciso reforçar, do ponto de vista de país, o Brasil precisa agir. O controle de portos e aeroportos é responsabilidade do Governo Federal. Cabe a ele a adoção de medidas para conter ou, pelo menos, retardar [a entrada de variantes no país]", afirmou o secretário André Longo.

Diante da preocupação com a chegada da cepa indiana no Brasil, Longo reconheceu ser difícil controlar a circulação de variantes devido ao processo de globalização. Ele falou sobre a situação em Pernambuco. "Neste momento, não temos suspeita da presença aqui em Pernambuco”, disse.

Veja o trecho da coletiva:

Críticas ao Governo Federal

O secretário apontou que o Brasil deveria estar preocupado com variantes oriundas de outros países, assim como o mundo estava em alerta com relação às cepas que surgiram em terras brasileiras.

"As variantes são sempre uma preocupação. Já vínhamos alertando o Governo Federal desde muito tempo para a necessidade de adoção de medidas mais rigorosas de controle de acesso. Se o mundo estava preocupado com as variantes brasileiras, era muito importante que o Brasil também estivesse preocupado com variantes que surgem em outros países, outros continentes", afirmou André Longo. "A gente sabe que a Anvisa já havia recomendado medidas mais restritivas do ponto de vista de quarentena para passageiros oriundos de países que pudessem ter o contágio com essas variantes. O Governo Federal tinha resistido, mas voltou atrás no sentido de fazer essa quarentena", completou.