Lázaro Barbosa de Sousa não era um lobo solitário, segundo as investigações do caso que mobilizou, durante 20 dias, cerca de 270 policiais e chamou atenção do país inteiro. Nesta segunda-feira (28), pouco após a confirmação da morte do criminoso, o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, foi claro: "as investigações vão continuar".
Na avaliação de Miranda, Lázaro recebia uma rede de apoio. Não se sabe, por enquanto, o que motivava o possível grupo. Um dos principais líderes, segundo o secretário, é Elmi Caetano, de 74 anos, o fazendeiro que foi preso na semana passada, suspeito de dar comida e abrigo para Lázaro, em sua fazenda, no distrito de Girassol, em Cocalzinho de Goiás.
"As investigações não acabam aqui. Ainda temos algumas pessoas para investigar e prender. Mas o principal, que seria o empresário ´[Elmi], que é um dos líderes da organização, e o psicopata [Lázaro], esses não são mais problema para essa comunidade", disse Rodney.
Questionado se Elmi teria relação com a chacina da família Vidal, no último dia 9, em Ceilândia, no Distrito Federal, crime que motivou o início das buscas contra Lázaro, Rodney respondeu: "Estamos investigando. Hoje, nós encerramos mais uma etapa, porque a população vai restabelecer sua normalidade, mas ainda temos mais gente a buscar e vamos buscar. Vamos atrás deles. Agora, sai a força intensiva e fica o trabalho investigativo até a gente ir até o último envolvido nesse crime", afirmou Rodney.
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"Outra [linha de investigação] é que ele [Lázaro] atuava como jagunço ou segurança de algumas pessoas", disse Rodney.
Lázaro foi encontrado nas proximidades da casa de uma ex-sogra dele na zona rural de Águas Lindas. Ainda não é possível atestar se a mulher e a filha dela, uma ex-companheira com quem Lázaro teria um filho, ajudaram na fuga do criminoso. As mulheres foram levadas à delegacia para prestar esclarecimentos.
O secretário disse também que Lázaro tinha R$ 4.400 no bolso, no momento em que foi capturado. Além disso, o criminoso estava trocando de roupa, de acordo com as investigações, o que, para o secretário, reforça a hipótese de que, além de Elmi Caetano, outras pessoas ajudavam Lázaro a fugir.
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Rodney reforçou que Lázaro descarregou uma pistola contra os policiais, na operação da manhã desta segunda-feira (28), e que, baleado, o homem morreu no hospital.
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