Guerra na Ucrânia

GUERRA NA UCRÂNIA: 3º dia começa com mais mortes, ampliação no toque de recolher e população apavorada; veja últimas notícias

Governo da Ucrânia distribuiu 18 mil fuzis para a população. Muitas pessoas nunca pegaram em armas

Gabriel dos Santos
Gabriel dos Santos
Publicado em 26/02/2022 às 9:14 | Atualizado em 26/02/2022 às 9:29
Notícia
DANIEL LEAL / AFP
Voluntários armados em uma das ruas de Kiev - FOTO: DANIEL LEAL / AFP

Este sábado (26) marca o terceiro dia da Guerra na Ucrânia, desde que a Rússia decidiu invadir o país vizinho. De acordo com o governo do país invadido, pelo menos 198 ucranianos já foram mortos, entre civis e militares. Três vítimas fatais são crianças. 

Muitas mortes são decorrentes de ataques com mísseis russos. Pelas ruas ucranianas, o silêncio das cidades vazias só é interrompido pelos corajosos moradores que se voluntariam a defender sua nação. A pedido do governo, muitos homens pegaram em armas. O governo distribuiu 18 mil fuzis para quem pudesse guerrear. Muitos civis jamais tinham pegado em armas. 

Por volta das 9h pelo horário de Brasília, 14h no horário ucraniano, a prefeitura da capital Kiev informou que ampliou o toque de recolher na cidade. A partir de agora, os moradores não devem sair às ruas entre 17h e 8h. 

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A situação segue tensa porque as tropas russas se aproximam da capital. A intensão do presidente russo, Vladimir Putin, é tomar a administração política do país. 

Os Estados Unidos denunciam que Vladimir Putin tem a intenção de recriar a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), bloco que esteve vigente até o final da Guerra Fria, em 1991. A Ucrânia integrava a URSS. 

Putin também não admite a entrada da Ucrânia na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), uma aliança militar que conta com 30 países ocidentais. O presidente russo se sente ameaçado e acredita que, com a entrada da Ucrânia na OTAN, a região da Crimeia, que foi tomada por Moscou em 2014, possa ser reconquistada. 

>>> OTAN: Entenda o que é, qual a função e quais países integram a aliança militar, clicando aqui.

Por outro lado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirma que não vai recuar. Na sexta-feira (25), apesar de divulgar ter conhecimento que é o alvo número 1 das tropas russas, Zelensky gravou um vídeo para provar que não havia fugido e que está em Kiev. Ele conclama a população a resistir. Homens com idades entre 18 e 60 anos foram proibidos de deixar a Ucrânia. Na TV ucraniana, inclusive, há tutoriais ensinando a produção de bombas caseiras com garrafas e gasolina. 

Fuga

Enquanto os militares e voluntários pegam em armas e resistem, milhares de pessoas tentam fugir para outros países como Polônia e Romênia. A Organização das Nações Unidas (ONU) acredita que até 5 milhões de pessoas devem se refugiar em outros países europeus. 

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