Talvez você pense que a guerra entre Rússia e Ucrânia, marcada pela invasão militar russa no país vizinho, não afeta sua vida no Brasil. Mas você está enganado.
Isso porque o conflito já repercute no cenário econômico mundial, principalmente nos combustíveis. Clique aqui e acompanhe a repercussão dos conflitos.
Tanto é que, pela primeira vez em sete anos, o preço do barril de petróleo ultrapassou o patamar de US$ 100. A alta veio quase que instantaneamente após o presidente russo, Vladimir Putin, anunciar a invasão.
O barril do Brent, petróleo extraído em regiões da Europa e Ásia, alcançou os US$ 100 já nas primeiras horas da madrugada desta quinta-feira (24).
Às 8h28 desta quinta, o preço chegou ao patamar de US$ 100,63, subindo 7,03%. Há ainda projeções de altas ainda maiores ao longo do dia.
A situação intensifica as projeções de crise econômica global em decorrência do risco de um conflito em larga escala no leste europeu após a invasão da Rússia à Ucrânia.
Vale lembrar que a Rússia é um dos grandes produtores de petróleo, e um conflito militar afeta o mercado do produto.
Além disso, sanções impostas pelos EUA e pela União Europeia também podem pressionar o preço da gasolina, direta e indiretamente.
Se a guerra provocar a interrupção do comércio euro-russo de combustíveis, os europeus terão que procurar energia em outra parte, em um mercado mundial que ficará ainda mais apertado e caro.
Pela já conhecida lei da oferta e demanda, isto consequentemente, aumenta o valor do combustível.
Isso só seria diferente se a Arábia Saudita trair a Rússia, sua aliada informal no cartel dos grandes produtores, e aumente sua produção do produto, segundo o colunista da Folha de S.Paulo Vinicius Torres Freire.
Se nada for alterado na geopolítica mundial, brasileiros devem pagar (novamente) mais caro para abastecer os veículos.
"Isso [a guerra] impacta diretamente na subido dos preços do petróleo e, consequentemente, no aumento dos preços dos combustíveis no Brasil", afirmou o economista e ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, à BBC News Brasil.
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