
Na manhã dessa segunda-feira (30), o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) chegou ao Recife junto com uma força-tarefa de ministros para avaliar os danos causados na região devido as fortes chuvas.
Já na capital pernambucana, o presidente realizou uma coletiva de imprensa para falar sobre as principais medidas de contenção dos danos causados. Durante entrevista, Bolsonaro também foi questionado sobre o caso Genivaldo, que aconteceu em Sergipe, na última quarta-feira (25).
Em um primeiro momento, ele preferiu que Anderson Torres, ministro da Justiça e Segurança Pública, falasse sobre o assunto.
"Tanto o processo administrativo, no âmbito da PRF, quanto o inquérito policial no nome da Polícia Federal foram instaurados. Os procedimentos estão acontecendo. A apuração será a mais breve possível e enquanto não houver a finalização desses procedimentos não há o que se dizer", afirmou Torres.
Após a fala do ministro, Jair Bolsonaro, interrompeu o andamento das perguntas e, afobado, resolveu falar sobre o assunto.
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O presidente começou relembrando o caso em que dois policiais rodoviários federais foram mortos a tiros por um homem em situação de rua. O caso aconteceu em 18 de maio, em Fortaleza, no trecho da rodovia BR-116.
Após ser abordado, o homem conseguiu tomar a arma de um dos policiais e cometeu os disparos. Ele foi morto por outro policial que também passava pelo local.
Para Bolsonaro, esse caso não recebeu a devida atenção da mídia quanto a situação envolvendo Genivaldo. Ele ressaltou que a Polícia Rodoviária Federal "faz um trabalho excepcional" e que a mídia costuma sempre ficar "do lado da bandidagem".
"Não podemos generalizar tudo que acontece em nosso Brasil. A PRF faz um trabalho excepcional para todos nós em momentos difíceis. Vamos respeitar a dor de todo mundo", destacou.
Quanto ao processo envolvendo os agentes da PRF envolvidos no caso de Genivaldo, Bolsonaro afirmou que os processos legais estavam sendo realizados seguindo a lei e que os policiais já teriam sido afastados.
No entanto, voltou a criticar a cobertura realizada pelos veículos de mídia sobre o acontecimento em Sergipe.
"A justiça vai definir esse caso e com toda certeza será feita justiça, todos nos queremos isso. Sem exagero e sem pressão por parte da mídia que sempre tem lado: o lado da bandidagem. Como, lamentavelmente, grande parte de vocês [jornalistas] se comportam, sempre tomam as dores do outro lado", enfatizou.
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