O avanço da varíola dos macacos está deixando cientistas de todo o mundo alertas. Aqui não é diferente: cientistas brasileiros formaram uma comissão para acompanhar os casos da doença que teve aumento de casos registrados fora da África, indício de uma cadeia de transmissão atípica.
A Câmara Técnica Temporária será coordenada pela RedeVírus do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Os sete cientistas do grupo vão montar um planejamento para estruturar a rede de saúde para quando os primeiros casos surgirem no Brasil.
Casos de varíola dos macacos foram registrados em países da Europa, além dos Estados Unidos e Israel, o que, segundo a virologista Giliane Trindade, apresenta um “risco iminente da entrada dele no Brasil”.
A virologista, que faz parte da comissão, afirma que ainda não há motivo para pânico, visto que o grupo tem condições de detectar esse vírus.
Até a sexta-feira (20) um documento compartilhado pelos países relatava 143 de casos notificados, entre suspeitos e confirmados. A maioria dos casos era em Portugal, Espanha e Reino Unido.
Ainda na sexta, a Alemanha notificou o primeiro caso da varíola dos macacos: um brasileiro.
A varíola do macaco é um membro do grupo dos ortopoxvírus. Uma das características desses vírus é que eles conseguem infectar o ser humano e outros animais.
O vírus zoonótico - que passa do animal para o ser humano - circula há pelo menos 50 anos no continente africano, principalmente em áreas de floresta tropical da África Central e Ocidental. Por estar basicamente restrito à região, ele é considerado endêmico.
Casos já foram registrados em outros continentes, mas sempre importados.
Os primeiros casos notificados de transmissão no surto atual da Europa aconteceram por relação sexual entre homens que foram infectados. A via sexual é considerada uma das hipóteses de transmissão. Ou seja, o vírus pode ser passado pelo contato com secreções de pessoas infectadas.
Já na África, a maior incidência de transmissão é o contato com os animais silvestres, principalmente pela caça. Pessoas que vão a regiões silvestres para caçar, e entram em contato com animais podem iniciar uma cadeia de transmissão na comunidade.
A varíola humana, uma das maiores causadoras de mortes no mundo, foi erradicada em 1980. Mas a varíola dos macacos, causada por um vírus (monkeypox) da mesma família do da varíola humana, nunca saiu de circulação.
O vírus monkeypox, que tem infectado pessoas pelo mundo, tem um período de incubação de sete a 14 dias.
Pessoas contaminadas pelo vírus podem apresentar como sintomas iniciais parecidos com os da gripe: febre, calafrios, exaustão, dor de cabeça e fraqueza muscular. Além do inchaço nos gânglios linfáticos, que ajudam o corpo a combater infecções e doenças.
Esse inchaço pode diferir a infecção com varíola do macaco da varíola humana.
Outros sintomas aparecme depois, como a erupção cutânea generalizada no rosto e no corpo - até mesmo dentro da boca e nas palmas das mãos e solas dos pés.
Essas lesões são dolorosas e peroladas e estão cheias de líquido, muitas vezes cercadas por círculos vermelhos. Depois de três semanas, as lesões cicatrizam e desaparecem.
Não há medicamentos específicos disponíveis para o tratamento. Entretanto, existe uma vacina disponível que pode prevenir o desenvolvimento da doença.
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