A Mulher da Casa Abandonada

Mari Muradas, entrevistada de A Mulher da Casa Abandonada, faz alerta nas redes sociais sobre Margarida Bonetti

Mari Muradas alertou para real sentido do podcast sobre Margarida Bonetti

Gabriel dos Santos
Gabriel dos Santos
Publicado em 06/07/2022 às 11:10 | Atualizado em 06/07/2022 às 11:29
Notícia
Divulgação/Reprodução
Mari Muradas é uma das entrevistadas do podcast A Mulher da Casa Abandonada - FOTO: Divulgação/Reprodução

Vizinha de Margarida Bonetti, Mari Muradas foi às redes sociais comentar o podcast A Mulher da Casa Abandonada, ao qual deu entrevista. 

"O que eu acho extremamente desrespeitoso e só me mostra o quanto as pessoas não tem letramento racial e a branquitude é vergonhosa, são as pessoas fazendo piada com o crime. O crime não toca as pessoas brancas como deveria tocar. Fazer piada com a Margarida, se fantasiar de Margarida, é de uma tremenda falta de respeito, um pacto narcísico da branquitude, esse endeusamento indireto da criminosa branca do que a sensibilização das questões raciais", disse Mari no Instagram. 

Após o caso ganhar repercussão nas redes sociais, a casa onde Margarida viveu virou ponto turístico em São Paulo. No final de semana, a polícia foi acionada para contornar a situação, já que muita gente estava no local. 

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O CASO

Margarida Bonetti tem 67 anos hoje em dia. No final dos anos 1970, ela foi morar nos Estados Unidos com o marido, Renê Bonetti.

Os dois levaram com eles uma empregada doméstica. Mas, ao chegar nos EUA, o casal deixou de pagar o salário e começaram a tratar a vítima como uma escrava, tendo negado até o direito de acesso à saúde.

O caso foi descoberto, após denúncia de uma vizinha. Margarida fugiu para o Brasil e não pode ser deportada, por causa das leis brasileiras. 

Renê foi preso por mais de 6 anos nos EUA e, hoje, é diretor de uma importante empresa de tecnologia, que presta serviços à NASA, a agência espacial norte americana. 

DENUNCIE ANONIMAMENTE

Se você sabe ou desconfia de algum caso de trabalhador sendo submetido a situações semelhantes com a escravidão, denuncie de forma anônima e online.

O site é o https://ipe.sit.trabalho.gov.br. Para a denúncia, é necessário informar o endereço onde o crime é cometido (como a casa onde a empregada doméstica trabalha, por exemplo) e escrever um pequeno relato sobre o que você sabe sobre a situação da vítima.

A denúncia é apurada pela Secretaria Especial da Previdência e Trabalho.

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