PARALISAÇÃO CAMINHONEIROS

PROTESTO DOS CAMINHONEIROS EM SANTA CATARINA: Estado já tem 76 pontos de bloqueio

Manifestantes protestam contra a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022

Vitória Floro
Vitória Floro
Publicado em 01/11/2022 às 8:08 | Atualizado em 01/11/2022 às 8:22
Notícia
Reprodução / Twitter: @tarlouze
Caminhoneiros realizam bloqueios em estradas de Santa Catarina em protesto contra a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022 - FOTO: Reprodução / Twitter: @tarlouze

Manifestantes bloquearam ao menos 43 trechos de rodovias federais e 33 estradas estaduais em Santa Catarina na última segunda-feira (31).

Os protestos começaram ainda na noite de domingo (30), motivados pela derrota de Jair Bolsonaro (PL) para Lula (PT) no segundo turno das eleições presidenciais

Quem vai às ruas participar dos bloqueios pede por intervenção militar, usando de justificativa o artigo 124 da Constituição Federal, que estabelece que as Forças Armadas "destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem".

Lula foi eleito, democraticamente, com 50,90% dos votos no segundo turno do pleito de 2022. Nesse caso, o artigo não deve ser usado, em nenhum cenário, para impedir o processo democrático estabelecido.

BLOQUEIOS DOS CAMINHONEIROS EM SANTA CATARINA 

No começo da manhã de segunda, já eram 18 pontos de interdição, de acordo com informações do g1. Pela tarde, por volta das 15h, o número já havia aumentado para 36 pontos de bloqueio.

Nas imagens divulgadas pela polícia e por manifestantes nas redes sociais, é possível ver protestantes com camisas e bandeiras do brasil.

Quando não estacionam caminhões e outros veículos na pista, para impedir o trânsito, eles queimam pneus ou colocam areia sobre a via.

.

A PRF informou que tem atuado de forma pacífica para proporcionar a liberação das vias, mas os números de bloqueio seguem aumentando.

O órgão também não soube informar se veículos oficiais, como ambulâncias, estão conseguindo passar pelas barreiras formadas. Também foi destacado pela PRF que não existem lideranças para negociar liberações.

Em nota à imprensa, a Confederação Nacional do Transporte (CNT), entidade de representação das empresas de transporte no Brasil, disse que acompanha as movimentações em algumas rodovias do País e se posiciona contrariamente a esse tipo de intervenção.

Também destacou que "a entidade respeita o direito de manifestação de todo cidadão, mas defende que ele seja exercido sem prejudicar o direito de ir e vir das pessoas" (Veja íntegra abaixo).

O que diz a CNT?

A Confederação Nacional do Transporte (CNT), entidade de representação das empresas de transporte no Brasil, acompanha as paralisações em algumas rodovias do País e se posiciona contrariamente a esse tipo de intervenção.

A entidade respeita o direito de manifestação de todo cidadão, entretanto, defende que ele seja exercido sem prejudicar o direito de ir e vir das pessoas.

Além de transtornos econômicos, paralisações geram dificuldades para locomoção de pessoas, inclusive enfermas, além de dificultar o acesso do transporte de produtos de primeira necessidade da população, como alimentos, medicamentos e combustíveis.

Nesse sentido, a CNT tem convicção de que as autoridades garantirão a circulação de pessoas e de bens por todo o País com segurança, entendendo que qualquer tipo de bloqueio não contribui para as atividades do setor transportador e, consequentemente, para o desenvolvimento do Brasil.

Comentários