Eleições 2022

PF decide que LULA será candidato com maior aparato de segurança durante campanha eleitoral; veja como será esquema

Aumento de casos de violência política fez PF pedir ajuda de governos estaduais para realizar campanha dos presidenciáveis; Bolsonaro será acompanhado pelo GSI

Gabriel dos Santos
Gabriel dos Santos
Publicado em 15/07/2022 às 8:00 | Atualizado em 15/07/2022 às 8:04
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Entrevista de Lula não será na quarta-feira (24/08); veja por quê - FOTO: Foto / Reprodução

A Polícia Federal já se prepara para garantir a segurança dos candidatos à Presidência nas eleições de 2022.

Com exceção do atual presidente Jair Bolsonaro, que será acompanhado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), todos os demais presidenciáveis devem ser acompanhados por policiais federais em eventos de campanha.

A Folha de São Paulo teve acesso a informações sobre como será o esquema de segurança. De acordo com a apuração do jornal, o diretor-executivo da PF, Sandro Avelar, já orientou que Lula será o candidato com o maior efetivo envolvido. 

A decisão sobre número de agentes a acompanhar cada candidato é tomado com base em análises técnicas e subjetivas, relacionadas à medição de risco que cada candidato enfrenta. 

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PEDIDO DE AJUDA DA PF AOS ESTADOS

A Folha também apurou que a PF enviou pedido aos governos estaduais para que as polícias locais colaborem com o esquema de segurança nas eleições deste ano. 

"O cenário atual evidencia a necessidade de somarmos esforços, haja vista o acirramento das relações entre correligionários dos principais candidatos e os incidentes já registrados na fase de pré-campanha eleitoral", disse a PF no documento enviado aos Estados.

No texto, a PF diz que a tarefa de de realizar a segurança dos candidatos é "complexa". A Folha procurou secretarias de segurança do Ceará e da Paraíba que confirmaram o recebimento do pedido e que garantiram que ajudarão no processo de segurança. 

VIOLÊNCIA POLÍTICA

Nos últimos meses, multiplicaram-se os casos de agressões envolvendo apoiadores ou os próprios candidatos. 

O mais recente e absurdo foi o assassinato de Marcelo Arruda, um líder do PT, em Foz do iguaçu, no Paraná. O homem foi morto por um bolsonarista, identificado como Jorge Guaranho. 

Antes disso, outros casos também já haviam sido registrados. Em 7 de julho, um artefato explosivo foi jogado na frente do palco onde Lula discursaria na Cinelândia, no Rio de Janeiro.

Em maio, Lula teve o carro cercado por bolsonaristas, após um evento em São Paulo. 

Em junho, apoiadores de Lula foram alvos de um drone que sobrevoou um evento político em Uberlândia, Minas Gerais. 

Já em julho, estudantes do União da Juventude Comunista (UJC) impediram o vereador Fernando Holiday de discursar em um evento na Universidade Estadual de Campinas. 

SEGURANÇA COM GASTOS MILIONÁRIOS

A PF informou que já gastou R$ 32 milhões no esquema de segurança dos candidatos. Foram adquiridos carros blindados, coletes à prova de bala, uniformes e kits de pronto-socorro. Estima-se ainda que, durante a campanha, serão gastos mais R$ 25 milhões. 

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