Lançado no dia 1º de junho, o podcast "A Mulher da Casa Abandonada" está sendo bastante comentado pelos internautas nas redes sociais. Muitos ouvintes tiveram a oportunidade de escutar uma reportagem investigativa realizada pelo jornalista Chico Felitti, nas últimas semanas.
Margarida Bonetti acabou se tornando a protagonista da trama feita pelo jornalista. A mulher despertou a curiosidade do público após passar a viver em uma casa em ruínas e abandonada em Hienópolis, um dos bairros mais nobres de São Paulo.
Digna de roteiro de filme, a história de Margarida Bonetti virou até mesmo "meme" nas redes sociais. Apesar disso, é importante lembrar que a mulher foi dada como foragida da polícia por manter durante anos uma funcionária em condições de escravidão.
Nascida em berço de ouro, Margarida acabou se casando com o engenheiro René Bonetti. Após o casamento, o casal decidiu se mudar para os Estados Unidos e levar a empregada doméstica, que havia sido "dada de presente" pelos pais da mulher.
Segundo informações compartilhadas pela reportagem de Felitti, a mulher que trabalhava para o casal foi mantida por cerca de 20 anos em cárcere privado. Ela ainda era vítima de agressões físicas e psicológicas.
A mulher que trabalhava para o casal conseguiu receber a ajuda de uma das vizinhas no local. René Bonetti passou a ser investigado pela polícia e foi condenado a 6 anos e 5 meses de reclusão, além de pagar multas indenizatórias ao Estado e também à vítima.
Margarida conseguiu retornar ao Brasil, no final dos anos 90, apesar das investigações. A mulher nem mesmo chegou a ir a julgamento nos EUA. O motivo da sua volta ao país de origem foi devido ao seu pai, que havia falecido.
A esposa de René passou a morar na antiga mansão da família, no Brasil, onde se encontra presente até hoje, fazendo algumas aparições ao público. Além disso, o fato de Margarida não costumar mostrar totalmente seu rosto chamou a atenção dos internautas. A mulher sempre aparece com uma camada de pomada branca no rosto.
Bonetti poderia responder judicialmente no Brasil e vir a ser condenada, mas não poderia cumprir a pena em território nacional, pois está sendo protegida pela Constituição, que assegura que:
"Nenhum brasileiro será extraditado, salvo ou naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei".
Se o crime da mulher da casa abandonada tivesse ocorrido no Brasil, a pena seria de 2 a 8 anos de acordo com o art. 149 do Código Penal.
Se a mulher, porém, tivesse apenas vendido 100 gramas de alguma droga, a pena seria de 5 a 15 anos. — Caio Paiva (@caiocezarfp) July 1, 2022
Com informações do site Capricho*
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