O banhista Pablo Diego Inácio de Melo, de 34 anos, ferido por um tubarão na tarde desse domingo (15), em Jaboatão dos Guararapes, encontrou no mar um ambiente favorável para o animal que o atacou. Segundo o jornalista Arnaud Matosso, autor do livro Mitos e Verdades Sobre os Ataques de Tubarão no Recife, a corrente do Sul-Sudeste, que vai de abril a agosto, em época de chuva, baixa a salinidade do mar, que atrai a espécie cabeça-chata, conhecida pela agressividade e por se aproximar do ser humano. O rapaz ainda foi nadar no final da tarde, horário no qual esse tubarão costuma iniciar a caça.
Ouça informações de Arnaud Matosso:
O banhista está no Hospital da Restauração (HR), no Derby, no centro do Recife. Na UTI, ele respira com ajuda de aparelhos e faz uso de drogas vasoativas para manter a pressão arterial. O rapaz e três amigos tomavam banho no mar nas imediações da Igrejinha, local onde há placas de alerta. O ataque ocorreu por volta 14h30 desse domingo (15) e, segundo testemunhas, a água estava turva. Pablo também apresenta ferimentos graves nos dois braços, pois tentou se defender das mordidas. O socorro à vítima, que é do Rio Grande do Norte, contou com equipes do Corpo de Bombeiros e o helicóptero do Samu.
O comerciante Amós Silva lembra que o banhista estava despreocupado não foi para a parte funda da praia:
A comerciante Maria Lourenço acredita que pela, versão dos populares, o peixe era de pequeno porte e talvez houvesse mais de um:
O incidente é o 64º registrado no Estado desde 1992. Dados oficiais totalizam, no período, 24 mortes por ataque de tubarões, sendo 20 banhistas e quatro surfistas. Em janeiro deste ano, um surfista foi mordido por um tubarão no arquipélago de Fernando de Noronha. Um novo boletim médico sobre o estado de saúde do turista será divulgado na manhã desta segunda-feira (16).
A última morte decorrente de ataque de tubarão ocorreu na Praia de Boa Viagem, na altura do Edifício Castelinho. A turista paulista Bruna Gobbi tinha 18 anos e chegou a ser socorrida até o Hospital da Restauração com o ferimento na perna. O corpo de bombeiros ressalta que as áreas de risco de ataque na praia são sinalizadas com placas. O Comitê Estadual de Incidentes com Tubarão adota cautela e aguarda a análise das informações para se pronunciar. Relembre o caso:
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