Foi concluída, na manhã desta quarta-feira (19), a fase diocesana do pedido de beatificação e canonização do arcebispo emérito de Olinda e Recife, dom Helder Camara. O processo, iniciado em maio de 2015, durou três anos e sete meses. A sessão de encerramento ocorreu no Palácio dos Manguinhos, sede da Cúria Metropolitana, bairro das Graças, Zona Norte da capital pernambucana. Coube ao arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, conduzir a cerimônia, prestigiada por dezenas de amigos e colaboradores do Dom da Paz.
Três caixas de madeira, cada uma contendo 1.220 páginas de documentos, foram lacradas. Nelas estão cópias de declarações, juramentos, depoimentos, atos e relatórios das comissões teológica e histórica, que analisaram os escritos do arcebispo emérito. Uma delas ficará guardada na própria arquidiocese. Outras duas seguirão para Brasília. De lá, a Nunciatura Apostólica, órgão oficial da Igreja Católica, ficará responsável pelo envio para o Vaticano, em Roma, na Itália. Confira mais detalhes na reportagem de Rafael Carneiro.
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Roma
Frei Jociel Gomes, postulador da casa de dom Helder, acredita que em janeiro essas caixas chegarão em Roma. Ele será chamado para acompanhar a abertura dessas caixas. Começa, então, a etapa romana. "Dom Helder foi um homem de Deus e referencial no seu tempo. Hoje, mais do que nunca, precisamos de referências como ele, que sempre lutou pelos menos favorecidos", destacou o religioso em entrevista ao Jornal do Commercio.