O primeiro bloco lírico de Pernambuco completa 100 anos de fundação em 2020 e pede o apoio da sociedade para celebrar o centenário. Confete e serpentina são bem-vindos, mas só no dia do desfile. Para fazer a festa a agremiação precisa mesmo é arrecadar R$ 100 mil. As contribuições podem ser feitas pela vaquinha virtual (livro de ouro da era da tecnologia) criada na internet. A campanha em prol do Bloco das Flores fica aberta até 18 de novembro de 2019.
Qualquer valor a partir de R$ 10 são aceitos, informa a presidente da comissão da festa dos 100 anos do Bloco das Flores, Jane Emirce. O link para acessar a vaquinha virtual já está disponível. “Fizemos muitas pesquisas e não encontramos o dia da fundação do bloco, sabemos que o ano é 1920. Então, estamos adotando a data em que a agremiação foi resgatada, 15 de janeiro, para celebrar o centenário”, declara.
O Bloco das Flores, diz ela, desfilou no Carnaval do Recife por 17 anos e suspendeu as apresentações após o falecimento do fundador da agremiação carnavalesca, Pedro Salgado, e do compositor oficial, Raul Moraes. Os dois morreram em 1937. “A pesquisa foi realizada nos anos 1990 e resgatamos o bloco em 15 de janeiro de 2000 com todo esplendor, flores naturais, perfume ambiance renaissance, confete, serpentina e bombons que distribuímos com o público.”
A apresentação, 63 anos depois do último desfile, ocorreu na Praça Sérgio Loreto, bairro de São José, Centro do Recife. “Escolhemos esse lugar porque a praça fica perto da antiga residência de Pedro Salgado, onde o bloco foi fundado, e que não existe mais”, informa Jane. Na década de 1990, recorda a carnavalesca, havia poucos blocos líricos no Recife, como Batutas de São José e Madeira do Rosarinho. “O desejo de trazer de volta o Bloco das Flores era muito grande.”
Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco em 2009, o Bloco das Flores espera ser homenageado no Carnaval 2020 do Recife. A diretoria da agremiação encaminhou o pedido à Secretaria de Cultura do Recife, diz Jane Emirce. Hoje cerca de 70 pessoas desfilam no bloco. Os homens borrifam perfume nos foliões e as mulheres entregam flores e, em ocasiões especiais, bombons.
“Antigamente, os bombons eram fabricados em casa e atirados nas pessoas como sinal de paquera, a criatura era alvejada com amor”, comenta Jane Emirce. Ela disse que o bloco não tem uma cor definida nas roupas e cada componente paga pela fantasia. “Com a vaquinha virtual queremos aumentar o número de desfilantes e montar um coral de cem vozes femininas.”
A Marcha da Folia, hino do Bloco das Flores composto por Raul Moraes, anuncia os desfiles organizados sempre da seguinte forma: a flabelista à frente do cortejo levando o flabelo (abre-alas dos blocos líricos), as crianças, o cordão feminino e os homens de lado. “Muita gente namorou e casais se formaram na folia, a terceira idade não dorme”, diz Jane Emirce, em tom de brincadeira.
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