Barraqueiros protestam pelo retorno do comércio de praia no Grande Recife

Mesmo com a liberação das praias de Pernambuco para o banho, os barraqueiros continuam impedidos de trabalhar
Carol Coimbra
Publicado em 04/08/2020 às 12:57
Protesto de comerciantes da praia nas ruas do Recife. Foto: Wellington Lima / Jc Imagem


Comerciantes que vendem bebidas e alimentos nas praias de Pernambuco fazem um protesto nas ruas do Centro do Recife nesta quinta-feira (4). Apesar de as praias do estado já estarem liberadas para a população tomar banho e frequentá-las respeitando as medidas de proteção, os comerciantes continuam impedidos de trabalhar nos locais. A informação que eles receberam é que, no último dia 25 de julho, já seriam liberados a exercer suas funções normalmente, mas essa determinação não foi cumprida.

Os comerciantes querem reverter a situação e querendo saber um posicionamento do governo. Uma comissão está conversando para saber se já terão uma data para os serviços deles voltarem. O vice-presidente da Associação dos Comerciantes e Microempresários de Jaboatão dos Guararapes, Jota Neves, fala sobre o protesto e qual previsão foi dada antes para que o trabalho nas praias fosse permitido novamente. “A gente está pela segunda vez, viemos 20 dias atrás e eles prometeram que dia 25 de julho iam reabrir as praias, e isso não se cumpriu. Então, viemos aqui com a união de todos os comerciantes do litoral pernambucano fazer essa reivindicação pelo nosso direito de trabalhar. A gente não quer fazer bagunça, quer simplesmente o direito de voltar a trabalhar. Alimentar as nossas famílias. Só em Jaboatão, são 186 comerciantes com suas famílias que hoje passam dificuldades, além de toda a orla pernambucana.”

São em torno de 800 comerciantes, 115 barraqueiros e 750 ambulantes parados sem poder trabalhar. José Severino, participante da Comissão dos Barraqueiros de Porto de Galinhas, fala como está difícil não ter uma data fixa para voltar a poder ganhar o sustento. “Tá difícil porque Porto de Galinhas hoje é um ponto estratégico, falando de turismo. É um dos mais cobiçados do nosso litoral pernambucano. Eu acho que por ser assim, dessa forma, a gente está com um pouco de dificuldade com relação a nossas atividades. Por exemplo, a gente tem o mergulho, que já foi liberado com algumas medidas, que o governo indicou. Jangadeiros também voltaram a suas atividades normais também e a nossa classe, que abrange mais o nosso litoral, não está sendo beneficiada, eu não entendo porque. Tem a nossa comissão, mas a gente precisa de uma resposta do governo, a gente já não aguenta mais.”

Ainda não há a confirmação se os comerciantes serão ou não liberados para voltar a trabalhar neste mês de agosto.

Ouça a reportagem de Mônica Ermínio:

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