Também conhecida como paralisia infantil ou pólio, a poliomielite foi erradicada há mais de 30 anos do Brasil. Sendo 1989 o ano de registro do último caso no país. Mas para que a pólio fique de fato no passado dos brasileiros, é necessário que a população de 1 ano a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias) seja vacinada contra a doença, que continua circulando em outros países, como detalha o assessor científico sênior da Bio-Manguinhos/Fiocruz, Akira Homma. “Ainda que há mais de trinta anos a gente não tenha casos de poliomielite, nós precisamos continuar vacinando as crianças. Porque existem países no mundo que ainda têm a poliomielite”, disse.
Iniciada em 5 de outubro de 2020, a Campanha Nacional de Vacinação Contra Poliomielite segue até o dia 30/10. Até o momento, Pernambuco vacinou 54% das crianças que são público alvo da campanha. No Brasil, a cobertura vacinal da poliomielite é de apenas 35%, restando mais de 60% das crianças sem a proteção para a doença.
O especialista afirma que a cobertura vacinal para poliomielite tem que ser de 95% em todo o país, mas essa cobertura tem caído. “É necessário, realmente, a gente conseguir uma cobertura bastante alta. E a gente fala que tem que atingir 95% da população suscetível, para conseguir a imunidade de rebanho (...) A gente vinha conseguindo altas coberturas vacinais. Mas, infelizmente, nos últimos anos a cobertura vacinal tem caído”, explicou.
Akira Homma acredita que o fato de as pessoas não verem mais casos da doença no Brasil tem provocado uma sensação de segurança. O que não significa que ela não possa voltar, já que está em circulação em outros países.
“Possivelmente tem a ver com a questão de a população se sentir um pouco mais segura. Porque você não está vendo mais poliomielite no país, nem outras doenças preveníveis por vacinação. Então, a população parece que se sente segura. Se não tem mais doença, por que vacinar? (...) A doença está em outras partes do mundo e pode chegar no Brasil. E nós temos que vacina a população para conferir a imunoproteção e evitar que esse vírus venha outra vez aqui no país”, destacou.
As consequências da pólio vão desde a paralisia de membros inferiores, podendo levar até a morte. O especialista destaca que a população precisa saber da gravidade da doença e do que ela é capaz de provocar.
“As crianças, aquelas que não morrem, ficam com paralisias e sequelas permanentes para a vida inteira. São coisas que a população precisa saber. É uma doença grave (...) e é uma virose que pode causar a morte da crianças”, finalizou.
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