Na última segunda-feira, o hospital infantil Pequeno Príncipe, em Curitiba, Paraná, registrou 22 internações de crianças e adolescentes por covid-19. Em estado mais delicado, sete delas foram para a UTI. O caso chamou atenção e reforça a importância da vacinação na população.
Nesta quarta feira (9), o Passando a Limpo da Rádio Jornal entrevistou o médico infectologista Gabriel Serrado. Veja algumas perguntas e respostas sobre os cuidados com crianças durante a pandemia:
Devem, de acordo com o médico. “A recomendação de não usar máscara é para crianças menores de três anos. Se tem mais de 3 anos ou se for uma criança menor que consiga usar máscara, não tem problema. É recomendado, sim, usar máscara em criança, principalmente, acima dos cinco anos. Máscara não faz mal. Faz mal não usar máscara”, alertou.
De acordo com o médico, a informação de que máscaras fazem as pessoas respirarem gás carbônico é falsa. “Essa história de que a máscara segura o gás carbônico, isso não existe. O que a máscara pode fazer é aumentar a temperatura do rosto e isso faz com que algumas pessoas fiquem mais agoniadas. Mas não é porque o gás carbônico está preso”, explicou.
Na entrevista, Gabriel Serrano explicou que, para autorizar a vacinação em crianças, são necessários estudos que comprovem a segurança e eficácia neste público. Na opinião dele, no entanto, os estudos devem confirmar esses fatores. “Nos Estados Unidos, já vacinam pessoas com 14 anos, e a China está prestes a começar a vacinar crianças com 3 anos ou mais. Acredito que já há estudos suficientes que comprovem a segurança em adolescentes com 16 anos ou mais, no entanto, não adianta autorizar a vacinação neste público se ainda não tem vacina suficiente. Há locais no país onde o público vacina está ainda em 58 anos. Precisamos avançar com a vacinação no país”, defendeu.
“O recomendado é usar máscara de qualidade. De preferência, a N95 (ou PFF2)”, explicou o médico durante a entrevista.
Na entrevista, o médico também criticou a conduta do governo federal na condução da pandemia. Na avaliação dele, a teoria adotada pelo governo foi a de buscar uma imunização de rebanho por meio do contato da população com o vírus o que foi errado. “É por isso que chegamos na atual situação. O governo federal acreditou que essa imunidade de rebanho era o segredo, que ser exposto ao vírus era o segredo, quando, na verdade, a imunidade de rebanho só vai ser alcançada com a vacinação rápida. Então, a imunidade por exposição ao vírus é absurda, mas é de se esperar quando você vê que não tem nenhum infectologista no órgão. Se tivesse um infectologista, ele teria dito que não tinha como aquilo, teria comprado vacina na hora certa e isso está trazendo um prejuízo muito grande para a população”, garantiu.
Ouça a entrevista na íntegra:
Listen to Gabriel Serrano infectologista Passando a Limpo 09062021 byRdio Jornal on hearthis.at
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