O que os PAIS DOS IRMÃOS CRAVINHOS dizem sobre SUZANE VON RICHTHOFEN? Veja o que fizeram durante julgamento
Filmes sobre assassinatos dos pais de Suzane von Richthofen faz público lembrar de outros personagens que também sofreram bastante com os crimes
Os filmes "A menina que matou os pais" e "O menino que matou meus pais" jogam luz em outros personagens que também sofreram bastante com os assassinatos dos pais de Suzane von Richthofen.
Além do irmão da mandante do crime, Andreas, os pais dos irmãos Cravinhos, Nadja e Astrogildo, também chamam atenção do público. Na vida real, Astrogildo causou polêmica ao ir até a cerimônia religiosa em homenagem a Manfred e Marísia.
De acordo com o pai de Daniel, a ideia era prestar solidariedade a Andreas, mas a presença de Astrogildo não foi bem recebida pelos familiares das vítimas.
Nadja, por sua vez, prestou um depoimento emocionante no dia do julgamento dos filhos. Os dois defenderam que os filhos fossem julgados pelo o que fizeram, mas jamais deixaram de dar apoio a eles, como pais.
Astrogildo era escrivão e Nadja cuidava do lar da família.
O julgamento do caso aconteceu em 2006. Em seu depoimento, dona Nadja emocionou a todos. Disse que os filhos deveriam ser julgados, mas pelo o que fizeram, colocando a culpa da ideia do crime em Suzane.
"Uma mulher consegue tudo de um homem. Pode levá-lo à glória ou à desgraça. Foi o que Suzane fez com meu filho. Manipulando, coagindo, usando os sentimentos dele durante todo o tempo em que conviveram", disse ela. Em todo o depoimento, mãe e filhos choraram bastante.
Nadja, que falou durante pouco mais de 1 hora, disse que Suzane impunha as vontades com sutileza. "Daniel, muito dócil, nunca deixou de atender as vontades dela", comentou. Ela disse que perdoava Suzane e os dois filhos.
Também comentou que levou quase um mês para conseguir ver Daniel e Cristian após as prisões.
"[Daniel estava] com cabelos brancos e olhar de muito sofrimento", acrescentou. "Como mãe, vi que corria o risco de perdê-lo", lembrou Nadja, reforçando que Daniel tentou suicídio na cadeia, mas foi impedido por dois colegas de cela.
Suzane von Richthofen
No depoimento, dona Nadja também disse que Suzane fez Daniel se afastar do aeromodelismo porque pedia para que ele ficasse com ela nos finais de semana.
Ela disse que o filho tinha um futuro brilhante e que não precisava de Suzane.
Um dos momentos de maior emoção foi quando Nadja pediu ao juiz para abraçar os filhos. O magistrado consentiu, e os três se abraçaram. "Não são propriamente mentiras, mas distorções, porque ela (Nadja) vê os fatos como mãe", afirmou o advogado de Suzane, Mário Sérgio de Oliveira.
Depoimento da mãe muda versão de Cristian
O depoimento de dona Nadja também fez Cristian mudar a versão do que aconteceu na noite do crime.
Anteriormente, o irmão de Daniel havia dito que, apesar de ter comparecido ao local do crime, na hora de atacar Marísia, supostamente, ele não havia tido coragem "ficando paralisado" e obrigando Daniel a matar sozinho o casal.
Depois do depoimento da mãe, no entanto, ele pediu para falar novamente. Na nova declaração, confessou que, sim, foi ele próprio quem bateu em Marísia, enquanto Daniel atacava Manfred.
Segundo Cristian, ele tentou demover Daniel da ideia, mas não conseguiu convencer o irmão que estava apaixonado por Suzane.
O novo depoimento de Cristian precisou ser interrompido porque seu Astrogildo invadiu o plenário para abraçar o filho. Os dois choraram bastante, abraçados.