Com mais de 120 mortos, 100 desaparecidos, dezenas de casas destruídas e ruas cobertas pela lama, a cidade de Petrópolis conta com apenas R$ 2 milhões liberados pelo Governo Federal para a reconstrução emergencial do município, três dias após a forte chuva da terça-feira (15). A informação foi dada pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, nesta sexta-feira (18).
De acordo com Marinho, o valor já foi liberado, embora o ministro não tenha explicado se o recurso já chegou efetivamente aos necessitados. Nesta sexta, o presidente Jair Bolsonaro sobrevoou a área arrasada e disse que a situação é "lamentável".
De acordo com o jornal O Globo, o valor mais exato que foi liberado até o momento é de R$ 2,2 milhões. Segundo apurou a reportagem, Marinho disse que novos recursos serão liberados nos próximos dias.
Quase 72 horas após a forte chuva, o cenário em Petrópolis ainda é desolador. As ruas estão cobertas por lama, carros, árvores e grandes pedras ainda estão espalhados pela cidade. O entulho de lixo e destroços dificulta, inclusive, o trabalho dos socorristas.
Na manhã desta sexta, mais de 100 pessoas ainda eram consideradas desaparecidas. O trabalho de cerca de 500 homens do Corpo de Bombeiros é intenso e considerado uma corrida contra o tempo, já que, com o passar das horas, diminuem-se as chances de encontrar sobreviventes embaixo dos escombros.
No Instituto de Medicina Legal (IML) de Petrópolis, caminhões frigoríficos do lado de fora ajudam a conservar os restos mortais das vítimas fatais, enquanto, lá dentro, os legistas trabalham quase sem parar para poder periciar os corpos dos mortos. Para se ter uma ideia, até a manhã desta sexta, de 117 corpos que já haviam chegado ao local da perícia, apenas 57 já tinham sido liberados, segundo a Agência Brasil.
A CNN Brasil preparou um vídeo mostrando a diferença de Petrópolis antes e depois da tragédia da última terça-feira (15).
O trabalho do Corpo de Bombeiros vai contar com ajuda de mais cães farejadores em Petrópolis. De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, até esta sexta, apenas 16 cães estavam trabalhando nas buscas pelas vítimas. "Mas os cães precisam descansar 12 horas, então trabalham em turnos. Mais 41 chegarão nas próximas horas", disse o coronel Leandro Monteiro.
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