Ucrânia

Quando e como começou a GUERRA NA UCRÂNIA? Entenda porquê RÚSSIA INVADIU A UCRÂNIA neste resumo

Em uma semana de guerra, 1 milhão de pessoas fugiram das bombas de Vladimir Putin na Ucrânia

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Gabriel dos Santos

Publicado em 03/03/2022 às 9:40 | Atualizado em 15/10/2023 às 15:59
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Era por volta das 5 horas da manhã da quinta-feira, dia 24 de fevereiro de 2022, na Ucrânia (e final da noite de quarta no Brasil), quando a calmaria da madrugada deu lugar ao pânico.

Naquele horário, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou, na TV de seu país, que havia ordenado que as tropas do Exército russo invadissem o território ucraniano. 

A partir daquele momento, o que se viu foi a face do horror da guerra. Militares russos entraram na Ucrânia por mar, ar e terra fortemente armados, com fuzis, tanques blindados e aviões de alta tecnologia.

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Em poucas horas, se espelharam por todo o país e não demorou até que cerca de 10 regiões ucranianas estivessem tomadas pelos invasores. 

Milhares de ucranianos acordaram no susto ao som ensurdecedor de bombas e mísseis.

No céu de Kiev, a capital ucraniana, e de Kharkiv, segunda maior cidade do país, o clarão das explosões unia o mundo em torno de um sentimento: o medo. 

Por que a Rússia invadiu a Ucrânia?

Antes de responder essa pergunta, é importante destacar que líderes mundiais e analistas de política internacional concordam que os argumentos usados pelo presidente russo, Vladimir Putin, para tentar explicar a invasão são considerados "absurdos e sem fundamento". 

Putin afirma que a Ucrânia é um país governado por neonazistas (grupos autoritários que seguem os fundamentos do nazismo).

O presidente russo também diz que grupos separatistas pró-Rússia que vivem no leste da Ucrânia estão sendo perseguidos pelo governo de Zelensky.

A Rússia chega a usar o termo "genocídio". No entanto, não há relatos concretos de que a Ucrânia persiga e mate grupos que queiram a separação do território ucraniano. 

O que os especialistas falam sobre a Guerra na Ucrânia

Na verdade, o que os especialistas em geopolítica explicam é que Vladimir Putin é um ultranacionalista e que se sente intimidado com a força de instituições ocidentais, como a União Europeia e a OTAN, uma aliança militar que reúne 30 países que se protegem política e militarmente. 

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A Ucrânia ainda não integra a OTAN, mas já deixou claro que deseja entrar no grupo. Mesmo a Rússia não fazendo parte do grupo e não podendo interferir nas decisões do governo ucraniano, o presidente Putin quer impedir que a Ucrânia entre na aliança militar. 

Putin se sente ameaçado com o crescimento da OTAN e considera que, ao entrar no grupo, a Ucrânia possa tentar usar apoio de outras potências bélicas como Estados Unidos e França para recuperar o território da Crimeia, que fica ao sul da Ucrânia e foi tomada pela Rússia em 2014.

Entre as exigências de Putin para o fim da guerra, está a garantia de que a Ucrânia jamais entre na OTAN. No entanto, nem a Ucrânia nem a OTAN dão essa garantia a Putin, reforçando que a Ucrânia é um país livre e que pode tomar suas próprias decisões. 

Recriação da URSS

Em um discurso no início da guerra, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que Vladimir Putin tem a intenção de recriar a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), grupo de países soviéticos que existiu durante o século XX e que acabou em 1991. 

Putin quer também a retirada das forças e infraestrutura militar dos países que se uniram à OTAN após o ano de 1997, incluindo nações da Europa Central, do Leste Europeu e dos Bálticos. 

Enquanto a guerra acontece, milhares de crianças, jovens, idosos, homens e mulheres sofrem com as consequências. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que, nos primeiros sete dias, 1 milhão de pessoas deixaram a Ucrânia, fugindo da guerra. 

Sanções contra a Rússia

Enquanto isso, a maioria dos países do mundo demonstram apoio à Ucrânia. Embora países como Estados Unidos, França e Inglaterra não possam enviar tropas para lutar ao lado dos ucranianos contra os russos, essas nações impõem fortes sanções econômicas contra o país de Vladimir Putin. 

Por causa disso, o rublo (moeda russa) está profundamente desvalorizada. A inflação do país subiu e várias empresas russas estão com o risco de quebrar.

Países da União Europeia, além dos Estados Unidos, também fecharam o espaço aéreo para aviões vindos da Rússia, o que isola ainda mais o país do resto do mundo. 

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