VIOLÊNCIA POLICIAL

GENIVALDO DE JESUS: Exatamente dois anos após a morte de George Floyd, caso Genivaldo chama atenção para violência policial

Vídeos que circulam na internet mostram o momento da abordagem da PRF

Paloma Xavier
Paloma Xavier
Publicado em 26/05/2022 às 17:50
Notícia
Reprodução
Genivaldo de Jesus morreu, provavelmente asfixiado, em camburão da PRF, em violenta ação de dois policiais - FOTO: Reprodução

Exatamente dois anos após o assassinato de George Floyd, nos EUA, outra morte chama atenção para a violência policial. Desta vez, o caso aconteceu no Brasil - e até o momento não tem repercussão mundial. Genival de Jesus Santos, de 38 anos, foi asfixiado até a morte em uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Sergipe.

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O homem foi imobilizado e depois colocado dentro do porta-malas da viatura. Na cena, que foi gravada e circula pelas redes sociais, é possível ver que bastante fumaça branca saía do carro.

A PRF afirmou, em nota, que os agentes empregaram - sem especificar quais - "técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo".

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Ainda de acordo com a nota da corporação, o homem resistiu à abordagem e foi agressivo. A família de Genivaldo afirma que a vítima tinha esquizofrenia e tomava remédios controlados havia cerca de 20 anos.

A corporação diz, ainda, que o homem passou mal durante o deslocamento e foi levado para o Hospital José Nailson Moura, onde teve a morte confirmada.

Após a repercussão, a PRF anunciou que um procedimento disciplinar para averiguar a conduta dos policiais envolvidos foi aberto.

O caso ocorrido exatamente dois anos depois da morte de George Floyd é apenas mais um exemplo de violência policial. Segundo o Monitor da Violência, feito em parceria com o g1, mais de 6 mil pessoas foram mortas por policiais em 2021.

Isso significa que, em média, 17 mortes foram causadas pela polícia no país por dia.

Ainda nesta semana, outro caso de violência policial deixou o Brasil em choque. Uma operação policial deixou ao menos 25 mortos na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro.

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Os números tornam a "operação"” a segunda mais letal da história recente da região metropolitana do Rio, segundo levantamento do Geni-UFF (Grupo de Estudos de Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense), aponta a Folha de S.Paulo.

De acordo com os dados do grupo, a ação só perde para o massacre do Jacarezinho em 2021, que vitimou 28 pessoas.

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