ANESTESISTA PRESO

ANESTESISTA PRESO: "Tudo indica que ele seja um criminoso em série", afirma delegada responsável pelo caso

Giovanni Quintella Bezerra, de 32 anos, foi denunciado por funcionários do Hospital da Mulher em Vilar dos Teles após gravação de um vídeo que flagra o abuso sexual a uma paciente durante parto

Catêrine Costa
Catêrine Costa
Publicado em 12/07/2022 às 15:20 | Atualizado em 12/07/2022 às 15:25
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Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante após estuprar paciente em hospital - FOTO: Reprodução

Em entrevista à GloboNews, nesta terça-feira (12), a delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, afirmou que o médico anestesista preso na madrugada da segunda após ser flagrado abusando sexualmente de uma mulher durante o parto, seja um criminoso em série. 

"Tudo indica que ele seja um criminoso em série. Há muitos indícios de repetição desse tipo de crime, até pelo procedimento e atuação dele", disse. 

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A prisão foi possível devido a um vídeo gravado pela equipe do Hospital da Mulher em Vilar dos Teles após desconfiar do excesso de medicamentos que anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 32 anos, costumava injetar nas pacientes. 

"Ele tem uma desenvoltura, nesse vídeo vocês puderam ver, ele não mostra muita preocupação na hora de executar o crime, então isso indica que ele já vem praticando há um tempo", falou a delegada.

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ABUSO DE PODER

Barbara Lomba também falou que os crimes eram cometidos com base em uma relação de poder. 

"Eu penso que os crimes são cometidos baseados nessa relação de poder, ele se abusa do poder dele naquele momento".

Ainda segundo a delegada, o suspeito tentou intimidar uma das técnica de enfermagem ao perceber que ela poderia ter notado a ação. 

"Houve o relato de uma técnica de enfermagem que começou a observá-lo de forma mais próxima e ele começou a olhar para ela de forma a intimidá-la. Começou a pedir que ela saísse da sala", contou. 

As suspeitas surgiram por parte da funcionária após observar a forma que o médico costumava trabalhar.

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"Ela começou a observar que ele vestia aquele capote, uma vez ele fechou aquela vestimenta na hora que ela começou a olhar para ele. Ele começou a tratar os integrantes dessa equipe de forma mais ríspida e rude justamente porque havia essa relação de poder ali", contou. 

"O tempo todo essas relações de poder são utilizadas na prática dos crimes para que as pessoas continuem impunes, para que pessoas que estão em uma posição hierarquicamente superior continuem impunes e as pessoas fiquem com medo", completou a delegada. 

E ela elogiou a equipe que fez a denúncia: "Têm que ser aplaudida e eles têm que ser protegidos", disse.

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