Mari Muradas, entrevistada de A Mulher da Casa Abandonada, faz alerta nas redes sociais sobre Margarida Bonetti

Mari Muradas alertou para real sentido do podcast sobre Margarida Bonetti
Gabriel dos Santos
Publicado em 06/07/2022 às 11:10
Mari Muradas é uma das entrevistadas do podcast A Mulher da Casa Abandonada Foto: Divulgação/Reprodução


Vizinha de Margarida Bonetti, Mari Muradas foi às redes sociais comentar o podcast A Mulher da Casa Abandonada, ao qual deu entrevista. 

"O que eu acho extremamente desrespeitoso e só me mostra o quanto as pessoas não tem letramento racial e a branquitude é vergonhosa, são as pessoas fazendo piada com o crime. O crime não toca as pessoas brancas como deveria tocar. Fazer piada com a Margarida, se fantasiar de Margarida, é de uma tremenda falta de respeito, um pacto narcísico da branquitude, esse endeusamento indireto da criminosa branca do que a sensibilização das questões raciais", disse Mari no Instagram. 

Após o caso ganhar repercussão nas redes sociais, a casa onde Margarida viveu virou ponto turístico em São Paulo. No final de semana, a polícia foi acionada para contornar a situação, já que muita gente estava no local. 

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O CASO

Margarida Bonetti tem 67 anos hoje em dia. No final dos anos 1970, ela foi morar nos Estados Unidos com o marido, Renê Bonetti.

Os dois levaram com eles uma empregada doméstica. Mas, ao chegar nos EUA, o casal deixou de pagar o salário e começaram a tratar a vítima como uma escrava, tendo negado até o direito de acesso à saúde.

O caso foi descoberto, após denúncia de uma vizinha. Margarida fugiu para o Brasil e não pode ser deportada, por causa das leis brasileiras. 

Renê foi preso por mais de 6 anos nos EUA e, hoje, é diretor de uma importante empresa de tecnologia, que presta serviços à NASA, a agência espacial norte americana. 

DENUNCIE ANONIMAMENTE

Se você sabe ou desconfia de algum caso de trabalhador sendo submetido a situações semelhantes com a escravidão, denuncie de forma anônima e online.

O site é o https://ipe.sit.trabalho.gov.br. Para a denúncia, é necessário informar o endereço onde o crime é cometido (como a casa onde a empregada doméstica trabalha, por exemplo) e escrever um pequeno relato sobre o que você sabe sobre a situação da vítima.

A denúncia é apurada pela Secretaria Especial da Previdência e Trabalho.

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