O primeiro caso de "monkeypox" no Brasil, doença conhecida como varíola dos macacos, foi identificado em São Paulo e confirmado pelo Ministério da Saúde (MS) ainda em nove de junho. Agora, cerca de um mês depois, novos registros foram constatados em Pernambuco.
A notificação no estado foi confirmada na quarta-feira (6). De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), o paciente, de 25 anos, mora em Guarulhos (SP) e chegou em Paulista, Região Metropolitana do Recife, no dia 23 de junho para visitar familiares.
Segundo a SES-PE, o jovem teria tido contato com europeus durante uma comemoração no estado em que reside. Os primeiros sintomas se manifestaram no dia 30 de junho, quando ele apresentou quadro de febre, adenomegalia (aumento dos linfonodos do pescoço), erupção cutânea e linfogranuloma venéreo (linfonodos inchados na região genital e virilha).
Ainda de acordo com o órgão, até a quarta-feira (6), nenhum parente do paciente teria manifestado sintomas da doença. Até o domingo (3), o Ministério da Saúde já havia confirmado 76 casos de varíola dos macacos no país. As notificações foram registradas em seis estados e no Distrito Federal (DF).
A varíola dos macacos é causada pelo vírus Monkeypox, do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Apesar do nome, a doença não tem origem nos macacos, ela apenas foi identificada pela primeira vez nesses animais.
Portanto, trata-se de uma doença zoonótica viral com reservatório desconhecido. Os principais animais suspeitos são os pequenos roedores naturais das florestas tropicais da África Ocidental e Central.
A transmissão da varíola dos macacos entre humanos acontece, de forma prioritária, por meio de contato com lesões de pele ou mucosa de pessoas infectadas, secreções respiratórias ou objetos contaminados.
Ao contrair o vírus, o período de incubação acontece, normalmente, entre 6 e 16 dias, mas do prolongar-se para 21 dias.
Os principais sintomas relacionados com a varíola dos macacos incluem febre, cefaleia, mialgia, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão.
Normalmente, as erupções acontecem no rosto e, com o tempo, se espalham para outras partes do corpo.
De acordo com o infectologista Filipe Prohaska, em entrevista para a TV Jornal, os casos recentes da doença também apresentaram lesões nas regiões genitais, o que diferencia a varíola dos macacos dos outros tipos de varíola.
Ainda segundo Prohaska, os casos são normalmente identificados em pessoas que viajaram para a Europa ou tiveram contato recente com moradores da região. No Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro já possuem transmissão comunitária do vírus.
Em caso de suspeita da doença, o recomendado é que o paciente realize isolamento imediato, além de notificar a vigilância epidemiológica e coletar amostras clínicas para exames confirmatórios.
O tratamento envolve medidas de suporte para alívio dos sintomas e prevenção de complicações e possíveis sequelas.
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