"Pacto Brutal: o assassinato de Daniella Perez", série documental da HBO Max sobre o assassinato da jovem atriz, trouxe novas discussões sobre o caso à tona.
Daniella, filha da autora de novelas Glória Perez, foi morta em 1992 pelo seu companheiro de elenco, o ex-ator Guilherme de Pádua. Ele cometeu o crime tendo como cúmplice sua esposa, Paula Thomaz (hoje, Paula Peixoto). A atriz foi apunhalada com 18 punhaladas de tesoura e teve seu corpo jogado em um terreno baldio.
Após a eclosão do caso, fotos de Daniella Perez morta foram divulgadas. Em luto, a mãe sempre falou sobre o caso e fez questão que a verdade prevalecesse, já que durante a época foi apontado que tratava-se de um "crime passional".
Em uma recente entrevista ao Splash, Glória Perez revelou que ela mesma entregou o material que foi usado na série sobre Daniella, incluindo fotos brutais. "Se você quer contar essa história, tem que mostrar o que eles fizeram", disse ela.
"O que me incomoda é que esse crime tenha sido cometido e que tenha sido tratado da maneira que foi. Eu acho que as fotos não deixam minimizar nada", acrescentou Glória.
"Você olha e foi exatamente aquilo que foi feito. Então, me dói ver aquilo? Muito. Mas me doeu ver aquilo ao vivo, como eu vi. E ver depois como aquilo foi tratado de maneira a minimizar (o crime)", contou a autora.
Passados cinco anos do crime, o julgamento aconteceu e ambos foram condenados por homicídio qualificado por motivo torpe, com impossibilidade da defesa da vítima. Guilherme foi condenado a 19 anos, e Paula, a 18 anos e seis meses.
Grávida durante o assassinato, Paula deu à luz Felipe em maio de 1993, enquanto estava presa. Ela e o ator se separaram pouco depois, em decorrência das diferentes versões apresentadas como defesa.
Em grande parte dos depoimentos, ele responsabilizava a estão esposa pelo crime. Com apenas sete anos de prisão, os dois foram colocados em liberdade condicional.
Anos depois, em maio de 2021, Paula Thomaz entrou com uma queixa-crime contra Glória Perez por ameaça e difamação. Isso porque a condenada pelo assassinato está tentando investir na carreira de atriz da filha mais nova, de 5 anos.
"Não preservou o filho que estava na barriga, quando se fez assassina, e não preserva a filha de um meio onde terá sempre como referência ser a filha de uma assassina", escreveu Glória Perez em uma publicação no Facebook.
Nas suas redes sociais, inclusive, Glória Perez sempre escreve sobre a filha. "Quanto mais o tempo passa, mais dói esse dia", escreveu a autora em publicação no Instagram.
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