Marcas no rosto. Pés e mãos enfaixados. Esse é o retrato dos pacientes do setor de queimados do Hospital da Restauração. Do dia 12 de junho ao dia 30, considerado período junino, 56 pacientes deram entrada na unidade vítimas de fogos de artificio e fogueiras. Trinta eram crianças.
O número de crianças queimadas nas festas juninas impressionou até mesmo a equipe médica. Houve casos até de amputações. “A conscientização está existindo, mas a população continua ainda negligenciando a criança”, disse o médico Marcos Barreto, chefe da unidade de queimados do HR em entrevista à Rádio Jornal nesta segunda-feira (1º).
Dos 56 pacientes que deram entrada no hospital, 40% ficaram internados. Ano passado, o número de pessoas que foram parar na unidade de queimados foi maior: 76 além das festas juninas, 2018 também teve um agravante: a Copa do Mundo.
Os pacientes que tiveram queimaduras mais graves foram adultos, que soltavam fogos entre as partidas de futebol. O chefe do setor de queimados faz o alerta: o acidente pode acontecer com qualquer um.
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