A vida de Suzane von Richthofen dentro da cadeia não é nem de perto parecida com o conforto e leveza que ela vivenciava na mansão onde os pais foram mortos em 2002. Longe disso. De acordo com o livro "Suzane - Assassina e Manipuladora" do jornalista Ullisses Campbell, a loira foi ameaçada dentro do presídio pelo grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC) e não foi assassinada por muito pouco.
Por causa de sua fama, Suzane chegou a ser intimidada e vítima de extorsão, mas não cedeu às investidas das detentas relacionadas com o grupo criminoso. Por causa disso, a facção decidiu matar a mulher. De acordo com a investigação de Campbell, com o assassinato de uma das presas mais famosas do país, a ideia do PCC era mostrar força e buscar mais reconhecimento. (Veja como Suzane está hoje em dia, clicando aqui).
No dia da rebelião, no entanto, Suzane contou com a ajuda de uma agente penitenciárias que a escondeu dentro de um armário de ferro. As detentas conseguiram localizar Suzane, mas não encontraram meios para abrir o armário onde ela se escondia. Suzane ficou, então, 48 horas presas no local, sem comer e fazendo as necessidades fisiológicas ali mesmo.
"(...) Quando a rebelião explode, uma carcereira esconde Suzane acocorada, dentro de um armário de ferro, no almoxarifado). (...) As presas começaram a martelar com selvageria o armário. A cada pancada, a porta do móvel entortava lentamente. (...) As sanguinárias do PCC passaram a rolar o armário pelo chão. Debilitada por inanição, debatendo-se e abalada psicologicamente, Suzane começa a passar mal. Tem forças para ouvir a voz de Maria Bonita (presa que seria do PCC). Eu sei que você está aí dentro, sua cadela! Vou cortar sua garganta!". (Trecho do livro "Suzane - Assassina e Manipuladora).
"Suzane ficou 48 horas trancada, sem água, e fez as necessidades ali. Só foi salva porque as presas começaram a brigar entre si, umas delas foi assassinada na briga, e porque o Batalhão de Choque invadiu a penitenciária. Depois de quase ter morrido, ela pediu uma indenização ao Estado, alegando que ele não a protegera. O juiz negou a indenização. Entendeu que ela fora sim protegida, pois trancada em um lugar seguro", detalhou o escritor do livro ao portal UOL.
Acredita-se, inclusive, que foi devido a essa agente penitenciária, que era bastante católica, que Suzane, então luterana, converteu-se ao catolicismo. No dia do julgamento, em 2006, como mostra o filme "O menino que matou meus pais", Suzane ficou o tempo inteiro com um terço na mão.
A detenta morta na rebelião que pretendia matar Suzane era Quitéria Silva Santos, uma das líderes do PCC. Revoltada com a morte de Quitéria, a companheira da detenta morta, conhecida como Maria Bonita, começou, então, a perseguir Suzane, fazendo diversas ameaças. Suzane precisou formalizar uma denúncia contra a mulher na direção do presídio, e Maria Bonita foi transferida de pavilhão. Depois, Suzane também foi transferida, após a condenação pela morte dos pais.
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